“Procure apresentar-se a Deus aprovado.” (2Tm
Desde os tempos da Igreja Primitiva, a escolha de oficiais exige solenidade, gravidade e consagração por parte da Igreja: “Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado.”(At 14.23). Desde sempre aprendemos então que a escolha de presbíteros e diáconos é coisa realmente séria e não um expediente eclesiástico e administrativo para suprir uma simples necessidade da Igreja, menos ainda, uma espécie de status social na comunidade de fé.
O oficialato é coisa excelente, a bíblia usa a palavra: Kaloz , que além de designar uma coisa boa, útil, indica também algo essencialmente belo, formoso, gentil. Ou seja, quem aspira o oficialato, deseja algo que é em si mesmo de grande beleza, utilidade e honradez. Daqui se infere também, que a vida do aspirante deva ser condigna daquilo que almeja. Todavia, não podemos romancear, o oficialato é mais martírio do que honra, é mais entrega da própria vida do que elogios e glamour, é mais conformar-se à cruz do que deleitar-se em verdes pastagens. Calvino mesmo, comentando 1Tm 3.1 diz: “...visto ser o mesmo um ofício laborioso e difícil; ... os que o aspiram devem ponderar prudentemente se são capazes de suportar uma responsabilidade tão pesada.”
À luz destas verdades aqui destacadas e daquelas já exaradas em pastorais recentes, cabe agora uma palavrinha a respeito do perfil de oficiais que a Igreja Presbiteriana Central de Itapira (IPCI) reclama em sua atualidade.
1. Que seja um homem que saiba “sentire cum ecclesia”, isto é, que sinta os anseios da Igreja e esteja em comunhão com a sua visão e a sua filosofia ministerial e pastoral. O presbítero e o diácono devem ser homens que lutem com todas as forças para preservar a unidade e a comunhão de toda Igreja, em torno de seus pastores, na comunhão conciliar e denominacional e sobretudo entre os próprios membros. Não podem ser dados às críticas, azedumes, faccionismos e etc. Devem ser homens de paz!
2. Um oficial deve ser solícito e disponível para servir de modo nobre e humilde. Deve ter disposição de coração e de ânimo para atender o rebanho, participar de reuniões de espiritualidade, oração e de administração. Deve ter disposição de tempo mínimo suficiente para atender as muitas solicitações dentro e fora da Igreja para fazer-se presente em nome do Evangelho na sociedade e nos trabalhos domésticos.
3. Para os Presbíteros: Devem estar aptos para o ensino, tanto por palavras como pela vida. Devem possuir zelo, apego e amor por nossos padrões confessionais e amor e solicitude para com a pregação da palavra, a celebração dos sacramentos e a disciplina eclesiástica. Para os diáconos: Devem ser zelosos em cumprir fielmente a sua missão de cuidar dos pobres, órfãos e etc. Que o diácono participe mais ativamente em nossos ministérios sociais, como o Instituto Samaritano e o Centro Cultural Missionário; Que se esforcem para tornar a face caritativa e social do Evangelho mais presente na sociedade. Que os diáconos, à luz de sua bela tradição evangelística de Estevão, Filipe, Lourenço, Efrém e etc. se comprometam com o discipulado e a pregação do Evangelho.
4. Que o oficial seja alguém cujo progresso na vida cristã é atestado por todos. Não precisa ser perfeito, inculpável de coisa alguma, bom se o fosse, mas tem que ser alguém que busca dia a dia, o aperfeiçoamento de seu caráter como discípulo de Cristo. Que demonstre conhecimento prático e experimental das Escrituras na administração da própria vida e na convivência fraterna na comunidade.
5. Por último, o oficial que a IPCI necessita nesta altura de sua história: alguém plenamente integrado, interessado, participante e proativo em nosso itinerário eclesial, um homem de equipe, de cooperação que tenha espírito de corpo e que ajude a construir a Unidade na Verdade com Amor e disposição para Servir!
Rev. Luiz Fernando
Pastor Mestre da IPCI
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