“Pai, que todos sejam Um” (Jo 17.21).
Ultrapassamos o primeiro semestre de 2012 com a Graça de Deus. Nos retiros, dias de espiritualidade e reuniões procuramos valorizar as disciplinas espirituais como caminho de desenvolvimento e crescimento em Cristo. Foi assim que os oficiais, os jovens e adolescentes fizeram a experiência da Lectio divina, do silêncio, da solitude e etc. Temos todo o segundo semestre ainda para praticarmos mais estas disciplinas, quer em nível comunitário, quer individualmente, no “quarto secreto”, onde poderemos aprofundar nossa amizade e nossa intimidade com o Senhor. Há ainda o retiro do Conselho missionário, e mais uma ou duas experiências de Lectio divina com jovens e adolescentes. Logo vamos propor um jejum à toda igreja, tendo em vista a santificação e a consagração de nossos sonhos e projetos que se nos avizinham. Contudo, já estamos no tempo de preparar o ano eclesiástico de 2013.
A Agenda Comum, naquilo que depende Conselho já está inteiramente pronta. Os temas Bíblicos para os 52 domingos já foram devidamente escolhidos e as datas de retiros, acampamentos, reuniões e treinamento também já foram fixadas. Escolhemos o tema que irá nortear a nossa caminhada como povo de Deus em 2013: A Unidade.
A unidade além de ser um desejo do coração do Senhor Jesus, como expressa em João 17.21, também é uma nota teológica da Igreja como ensina o credo Niceno-constantinopolitano: “Creio na Igreja Una, Santa, Universal...” Unidade não é Uniformidade. Ao contrário, a Unidade supõe a diversidade de dons e carismas, ofícios e ministérios cuja origem é o mesmo e único Espírito Santo. Nisto se fundamenta a beleza e a vitalidade da Igreja.
A Unidade essencial à Igreja é aquela de cada cristão com o seu Senhor. União vital que se inicia no dia de seu novo nascimento e que se aprofunda ao longo da vida por meio do cultivo da intimidade com Cristo por meio da leitura e prática das Escrituras e de uma vida de oração fecunda. A unidade com Cristo influencia decisivamente as relações do cristão com os demais membros do Corpo. A unidade é um dom e também um exercício. E, este exercício deverá ser praticado desde agora na confecção de nossa Agenda Comum, que nenhuma sociedade, que nenhum departamento ou comissão se apegue cega e egoisticamente àquilo que gostaria de fazer. Para assentar cada evento vamos levar em consideração o seguinte. Antes de qualquer coisa se pergunte:
1. O que estamos para fazer atende as exigências do Grande Mandamento? Com isto, estamos amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos? Ou o que faremos atende apenas aos nossos gostos, serve apenas para satisfazer as nossas aspirações pessoais e egoístas? O que seria idolatria.
2. O que estamos para fazer atende as exigências da Grande Comissão? Com isto, estamos cumprindo à ordem expressa dada por Jesus de anunciar o Evangelho, de ensinar às nações, de fazer discípulos? Ou o que faremos atende apenas ao consumo de religião e de coisas sagradas? O que seria apenas proselitismo farisaico.
3. O que estamos para fazer se enquadra perfeitamente nos ensinamentos Bíblicos, atribui glória a Deus, edifica os irmãos, proclama as excelências de Cristo aos que ainda não o receberam, fortalece a comunhão na Igreja e contribui para a expansão do Reino?
4. O que estamos para fazer insere de modo responsável cada crente e de modo eficaz a Igreja no contexto socioeconômico e político de Itapira? Treina e habilita os nossos irmãos para assumirem com responsabilidade a sua cidadania e a se comprometerem com uma cultura sustentável, com o bem da coletividade e a busca da justiça social e da paz?
Desejo mesmo, de coração, que cada presidente de sociedade, cada relator das comissões e departamentos, que cada cristão comprometido e envolvido com o ministério integral desta Igreja leve em consideração o que foi dito acima, para que haja harmonia, concórdia, paz e Unidade na Casa de Deus.
Reverendo Luiz Fernando
Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira
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