Uma recente operação policial que resultou na prisão de elementos que agiam no tráfico de entorpecentes no município comprovou mais uma vez a eficácia da estratégia de colaboração cada vez mais estreita entre a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal. O número de ocorrências policiais que são resultado de estratégias comuns entre as duas corporações não tem passado despercebido.

 

“É uma estratégia que vem trazendo resultados bastante positivos”, avaliou o empresário José Carlos Domingues, 40 , presidente do Conseg (Conselho Municipal de Segurança). Caminhando em direção ao seu terceiro mandato à frente do órgão, Domingues lembra que nem sempre foi desta maneira. “Houve um período em que era um para cada lado, até mesmo devido à falta de um canal de aproximação. E nós do Conseg demos os primeiros passos para que isso se tornasse possível. Os resultados agora demonstram que estávamos na direção certa”, opinou. Segundo ele, o órgão apenas quebrou o gelo entre as duas corporações.

 

 

O prefeito José Natalino Paganini (PSDB) também elogiou a conduta dos dois órgãos.Ele conta que quando presidiu a ACEI em seu primeiro de dois mandatos à frente da instituição (2007-2009) atuou como interlocutor junto a Prefeitura e junto ao comando local da PM para que houvesse o desenvolvimento de estratégias comuns em favor da comunidade. “Foi um luta nossa, quando elaboramos um projeto que se chamava ‘Junto Somos Mais Fortes’ e que previa este tipo de atitude que hoje recebe elogios de toda nossa comunidade”, visualizou.

 

Clayton Ribeiro, secretário de Defesa Social do Município, segue o discurso do “chefe”. “Existem situações pontuais onde temos priorizado este tipo de aproximação, sempre tendo como foco principal garantir o êxito de operações que ajudem na prevenção de atos delituosos. Importante destacar o papel que o comando da PM tem tido neste processo”, disse Ribeiro.

 

 

César Martucci, comandante da GM, revelou que a colaboração é uma via de mão dupla. “O entendimento existe e se pauta na compreensão de que a segurança da população deve ser colocada em primeiro plano. Quando existe alguma operação onde é fundamental a participação da PM, nós temos canais abertos para que esta colaboração seja direcionada, da mesma forma que quando a PM entende ser necessária nossa participação, seu comando sabe que pode contar com nossa retaguarda”, declarou. Martucci lembrou ainda que algumas destas operações passam ainda pela participação do Ministério Público. “Quando a situação exige, o próprio Ministério Público solicita a participação da PM e da GM em casos específicos onde isso se faça necessário”, revelou.

 

 

O comandante da Companhia de Polícia Militar, Capitão PM Marcos Sanches, faz uma análise do assunto sob o ponto de vista das expectativas do atendimento esperado pela população. “Esta integração tem sido realizada e é um importante serviço de utilidade pública objetivando melhorar a eficiência do policiamento”, observou. Ele mencionou que a estratégia, além de contar com sua própria simpatia pessoal, possui ainda incentivo dentro Batalhão de Polícia Militar na pessoa de seu comandante , o Major PM Ricardo Mello Araújo. “Major Mello tem sempre defendido este tipo de posicionamento, da aproximação das comunidades em torno de objetivos comuns no que se refere às políticas de contenção da criminalidade”, reforçou.

 

 

Sanches destaca ainda que este processo tem sido feito com muita responsabilidade e que para dar resultados tem que necessariamente contar com o engajamento e o respeito mútuo de ambos os efetivos. Lembrou que nem sempre foi assim. “Está ocorrendo uma superação de paradigmas muito positiva calcada na constatação de que este tipo de aproximação é uma estratégia correta, levando em conta fatores de extrema importância como colocar a segurança desta mesma população em primeiro plano”, defendeu.