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15/11/2014 | Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista para pedir impeachment de Dilma

Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), concentraram-se neste sábado (15) em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista. Eles pediram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A manifestação foi acompanhada por mais de 500 policiais militares.

Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando ?fora PT?. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção a Praça da Sé.

Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.

O período da ditadura militar durou 20 anos (1964-1985) e ficou conhecido como ?os anos de chumbo?. Os militares e civis que aderiram ao golpe de 1964, perseguiram, torturaram e mataram estudantes, artistas, jornalistas, políticos e qualquer pessoa que fosse contrária ao regime. Os direitos civis foram cassados pelos generais presidentes e o Congresso foi fechado. Os perseguidos foram obrigados a deixar o país para não sofrerem as consequências do regime militar.

O representante da Liga Cristã Mundial, padre Carlos Maria de Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios elétricos, pedindo o impeachment de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros foram ?roubados e vilipendiados?. O padre também declarou ser contra a ditadura dos gays. ?O movimento LGBT está querendo impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada?, disse, depois, em entrevista.

Em cima do trio e vestindo uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defendeu a saída de Dilma da Presidência. ?O que nos move aqui é o desgoverno do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas condutas deixam o povo indignado?, disse. Bolsonaro acrescentou as denúncias de corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade "indignada?.

Em entrevista, o deputado eleito, que compareceu armado na primeira manifestação contra o governo de Dilma, na capital paulista, disse que hoje, não portava sua arma. ?Tenho amigos fazendo a minha segurança aqui e decidi não vir armado?.

Perguntado por que participou da primeira manifestação portando arma de fogo, ele respondeu que é policial. ?A conduta normal de um policial é andar armado mesmo fora de serviço?. Sobre a divisão dos manifestantes entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe militar, o deputado disse que há uma ?coisa em comum? que é ser contra o governo de Dilma e do PT. ?Mas somos democráticos e há espaço para todos. Se alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra o governo?, completou.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Presidência da República informou que não comentaria as manifestações.

* Colaborou o repórter Alex Rodrigues.

Editor Marcos Chagas

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-11/manifestantes-se-reunem-na-avenida-paulista-para-pedir-impeachment-de-dilma

Fonte: Agência Brasil

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