Protetor ou bloqueador solar ?

Um clima diferente paira nos ares nestes últimos dias, a introspecção do inverno está nos dando os primeiros sintomas da liberdade que a primavera e verão nos causa. “Para muitos uma sensação de tristeza, mas para outros que não vivem sem o brilho do sol, chegou a hora de curtir a estação, muitos se deitarão nas cadeiras  em volta de piscinas e praias, e vão ‘ tomar sol”, para bronzear a pele – certidão de garantia de dias felizes!

Muito cuidado, todos os anos aumenta o numero de câncer de pele causado pelo sol, e não é por falta de informação, mas sim por indisciplina mesmo. Mas uma vez vamos falar sobre os efeitos nocivos da radiação solar sobre a pele, estes efeitos estão relacionados à dose de radiação ultravioleta recebida e são divididos em dois grupos: Agudos (eritema calórico, queimadura solar, fotossensibilidade, etc.); Crônicos (envelhecimento prematuro e o câncer de pele).

A radiação solar quando atinge a pele provoca alterações perceptíveis e imperceptíveis, a perceptíveis é espessamento da camada córnea, indução a sudorese com aparecimento do ácido urocânico e evaporação do mesmo minimizando sua capacidade natural de fotoproteção, produção de melanina (mecanismo de defesa contra a radiação solar) e as imperceptíveis como alterações bioquímicas nas fibras de colágenos e formação de cânceres de pele por atuação sinérgica das radiações UVA e UVB.

Com todos estes problemas, ninguém deveria se expor ao sol, até os mais inocentes raios da manhã sem um protetor ou bloqueador solar, aliás, o assunto causa sempre confusões o que é um e que é o outro? Pois bem vamos definir para deixar bem claro. Protetores solares são substâncias que protegem a pele contra a ação dos raios solares ultravioletas (UV) por conter filtros (FPS 2, no mínimo e no máximo 29). Em curto prazo, protegem contra as queimaduras e alergias solares, e em longo prazo, do envelhecimento e do câncer de pele. Devem ter em sua formulação filtros químicos (absorvem os raios UV) e físicos (refletem os raios UV). Bloqueadores solares devem ter, no mínimo, FPS 30, além de uma proteção contra radiação UVA de amplo espectro, são melhores e mais recomendados. 

Outro fato interessante é como determinamos um grau de proteção o famoso FPS (fator de proteção solar), para isto precisamos definir DME (Dose Mínima do Eritema) que é a quantidade de energia radiante requerida para produzir vermelhidão perceptível, com limites definidos claramente, avaliada em 16-24 horas após a exposição ultravioleta. Para se obter o grau de proteção que cada preparação oferece ao eritema torna-se necessário a determinação do FPS, então FPS é a energia ultravioleta requerida para produzir uma DME na pele protegida dividida, pela energia requerida para produzir a DME na pele desprotegida. Quanto maior o FPS utilizado maior será o tempo que a pele exposta à radiação UV resistirá ao aparecimento do eritema solar. Agora que você já sabe as diferenças entre um e outro e sabe que o FPS quanto maior mais protegido, não haverá nenhum problema se expor ao sol, desde que observado os horários, evite entre 11 e 13 horas no mínimo, use e abuse de protetores solares e de preferência para um FPS 30 que é um bloqueador solar. 

Milton Antonio Leitão – É farmacêutico bioquímico – Consultor da Farmácia de Manipulação Formula Athiva – Rua Regente Feijó – 118. Fone 3813-1499 – 3863-5046