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Itapira, 27 de Novembro de 2024
Notícia
09/11/2012 | Milton Leitão: Se a saúde é pública – é nossa

O crescimento das cidades e o êxodo rural, saída do homem do campo, por mais ultrapassado que seja o assunto, pode ser considerado como um fator agravante na saúde pública.  Mais investimentos em infraestrutura na área da saúde se fizeram necessários, e nem sempre foram mantidos.
Parece não ter lógica, mas quando o homem vive no campo em contato direto com a natureza, os problemas mais corriqueiros de saúde são tratados de maneira simples, com fitoterápicos, descanso até o organismo se reequilibrar -  e nós sabemos que essa cura espontânea ou através de fitoterápicos acontece e tem grande percentual no quadro de curas das patologias.
Quando o homem se concentra na vida urbana, agitada, o contato com a natureza se torna raro e com o próprio corpo em si também, então, qualquer problema de saúde, busca auxílio nos postos de atendimentos, pronto-socorros e hospitais, não que isso seja errado, mas muitas vezes desnecessário. Essas pessoas, nem doentes do ponto de vista patológico estão; elas estão carentes, elas querem ser ouvidas,  atendidas com atenção, receber um conselho, ou mesmo diagnosticar um caso de grave de saúde, entretanto, ela encontra um sistema de saúde pública saturado, com falta de profissionais, falta de recursos financeiros, profissionais estressados desde o atendimento até a consulta. Sem falar que quando necessitam de tratamentos especializados, esses são mais complexos, caros e o sistema não tem condições de atender, não tem infraestrutura e nem profissionais disponíveis de acordo com a demanda para dar um tratamento digno, igualitário e humanista. Isso, não é aqui apenas é uma situação generalizada, uma com mais e outras com menos agravantes. 
Humanismo -  tenho insistido nesse tema é a mola mestra do funcionamento do sistema de saúde.
Uma das definições de saúde pública que mais gosto de citar – “é a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida, promover a saúde física e mental, a organização de serviços médicos e de enfermagem para diagnóstico precoce e pronto atendimento das doenças e desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada individuo um padrão de vida adequado à manutenção da saúde e conhecimento do seu corpo e organismo para entender suas funções”.
Pode-se observar ao interpretar o enunciado acima que saúde e educação (estudo para entender nosso corpo) andam juntas, e merecem atenção e respeito dos nossos governantes, investir em saúde e educação não são obras de impacto visual estrondoso, mas é onde o povo mostra suas necessidades e carências.
O assunto é nosso, pois se é saúde pública é de todos nós, por isso devemos estar de olho no que é nosso, para que seu uso seja comum e igual para todos, sem exceções.

 

Fonte: Milton Leitão

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