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Notícia
16/06/2014 | Milton Leitão: Será que não se faz Copa com hospitais?
Mesmo após a gigantesca onda de protestos e o slogan “não vai ter Copa”, o  mundial chegou.  Seja você um amante do futebol, capaz de se pintar de verde e amarelo, cantar o hino nacional com lágrimas nos olhos, ou alguém contra a realização do evento, não é possível negar: o brasileiro é apaixonado, em sua maioria, pelo futebol e esse tipo de evento deixa as emoções a flor da pele. Isso acontece porque o futebol gera emoções que, positivas ou negativas, são responsáveis por liberar substâncias químicas como hormônios, neurotransmissores para os órgãos do corpo e o cérebro, podendo precipitar determinadas crises
Como diz o narrador: "Haja coração!", por isso mesmo, é preciso moderar nas comemorações para não prejudicar a saúde. Uma pesquisa, lançada recentemente pela USP, revelou que aumenta em até 16% o número de internações em hospitais por problemas cardíacos, durante as partidas do Brasil na Copa do Mundo. O resultado foi obtido após pesquisadores contabilizarem os dados durante os últimos quatro campeonatos mundiais do mundo. Pena que o famoso jogador Ronaldo ao citar sua famosa frase: “não se faz copa com hospitais”,  tema deste artigo, não conhecia esta pesquisa.
O estresse gerado durante um jogo tem o poder de elevar a pressão arterial a níveis estratosféricos, uma vez que o coração precisa bombear uma maior quantidade de sangue em menos tempo. Para quem não sofre de doenças cardiovasculares, é absolutamente normal ter hipertensão temporária em situações de ansiedade. Já quem tem o coração fraco ou com outros problemas, o resultado pode ser catastrófico: infarto agudo do miocárdio, AVC isquêmico e hemorrágico, arritmias cardíacas e até mesmo a morte.
Os pacientes que estão com as medicações otimizadas e freqüentando o médico periodicamente tem os riscos quase anulados. Rogério de Moura, cardiologista intervencionista do Hospital Balbino do Rio de Janeiro explica: “Se o paciente já está sendo medicado e acompanhado por um cardiologista, não é preciso tomar medicamento extra só para os jogos”. É notório o fato de ser praticamente impossível pensar na saúde diante tamanha euforia, a ansiedade quando é a dado o inicio do primeiro tempo dura noventa minutos até chegar o resultado final, mas, não pode fazer de um evento esportivo um mal para si mesmo. 
Não adianta sair da sala só na hora do pênalti ou medir a pressão arterial no intervalo. Para aqueles cardiopatas que não visitam o cardiologista há mais de seis meses, cuidado: é melhor evitar grandes emoções durante os jogos e até mesmo não assisti-los. É necessário ficar atento durante todo o jogo, caso sinta tontura, dor no peito, mal estar geral, ansiedade excessiva  e  palpitação, o conselho seria procurar um atendimento médico com urgência. Qualquer pessoa, seja hipertensa ou não, vai ter a pressão alterada durante uma situação de estresse, se o paciente medir a pressão durante o jogo, isso vai gerar uma neura, e fazê-lo ficar nervoso que tanto pode fazer com que a pessoa vá ao pronto-socorro sem necessidade, ou, bem pior, pode deixá-la tão desesperada e, de fato, fazê-la passar mal. Por isso, a dica aqui é que cada um examine sua própria condição e, caso saiba que as coisas não estejam bem, mantenha distância da televisão.
Milton Antonio Leitão – É farmacêutico-bioquimico. Consultor técnico da Farmácia Formula Athiva. Rua Regente Feijó 118. Fone 3813-1499

 
Fonte: Milton Leitão

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