No Brasil, existe uma grande quantidade de produtos registrados como suplementos vitamínicos e minerais pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nenhum deles pode pregar indicações terapêuticas, mas esse tipo de produto é, muitas vezes, associado a idéias de melhoria da saúde e prevenção de doenças. A associação não deixa de ter sua lógica: vitaminas e sais minerais são nutrientes indispensáveis às funções vitais e necessários em pequenas quantidades - por isso são também conhecidos como micronutrientes.
O que causa preocupação é o fato que muitos acreditam que os suplementos, que podem ser encontrados nos mais variados lugares, muitos deles proibidos por lei, são uma forma prática de ter uma dieta mais saudável. A suplementação indiscriminada, porém, é questionável. Vitaminas e sais minerais podem ser obtidos nas quantidades necessárias nas refeições habituais.
Exceto situações específicas de subalimentação, desnutrição e carências de vitaminas e minerais comprovadas por testes e exames específicos.
As vitaminas são ingeridas sem indicação porque as pessoas acham que estas substâncias se não fizerem bem, mal não faz. Um erro. Em grandes quantidades e continuamente, o consumo desnecessário de vitaminas e minerais sobrecarrega o aparelho excretor.
O risco de prejuízos à saúde é maior para quem ingere sobredoses das chamadas vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), que não são solúveis em água. Usadas por um período prolongado elas acumulam no organismo. Um exemplo e acúmulo maléfico e o da vitamina A que pode provocar de queda de cabelos a aumento do baço. Já o excesso de vitamina D força o cálcio a se depositar nos tecidos moles, como coração e rins. Por causa dos riscos, o Ministério da Saúde estabelece os limites máximos considerados seguros para cada vitamina e mineral.
Os benefícios efetivos e comprovados dos suplementos estão vinculados a situações bem específicas. É o caso de doentes em recuperação, crianças de determinada idade e grávidas, por exemplo, e a suplementação deve ser sempre supervisionada por um especialista. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda suplementação de ferro para crianças de zero a dois anos. Já os suplementos de vitamina D são indicados a partir do primeiro mês até um ano e meio de vida, explica ela. Nas mulheres, a necessidade de cálcio aumenta a partir dos 50 anos, por exemplo. A perda de massa óssea relacionada à pós-menopausa justifica a suplementação de cálcio. Há pesquisas que sugerem que doses aumentada de vitaminas podem prevenir o aparecimento de certas doenças em pessoas predispostas a desenvolvê-las.
Um trabalho recente sugere que pessoas que ingerem doses elevadas de vitamina E apresentam menor possibilidade de desenvolver mal de Alzheimer, que leva à deterioração do funcionamento cerebral. Mas tudo deve ser levado com muita cautela.
Outro grupo de cientista fizeram pesquisas que sugerem uma relação entre níveis baixos de vitaminas B12, B6 e ácido fólico e o aumento de homocisteína, substância presente no sangue que favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Porém, os trabalhos ainda estão em andamento.
O uso de substâncias e elementos naturais sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos, podem proporcionar um reequilíbrio bioquímico, e combater os radicais livres. Por isso, eu creio, que pessoas que querem fazer uso de suplementação de vitaminas e minerais, sem apresentar sintomatologia, devem procurar especialistas no assunto.
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