O Procurador de Justiça Dr. Paulo Sergio Puerta dos Santos encaminhou ofício ao Prefeito Antonio Helio Nicolai declinando a doação do terreno destinado à construção do edifico para abrigar o Ministério Público.
Nesse documento, conforme informações colhidas pela reportagem PCI junto ao vereador Mino Nicolai, o MP manifesta O não interesse pela doação em face da reação da opinião pública relativa à derrubada da passarela da Mogiana.
O prefeito Toninho Bellini, sensível à história que a estação da Mogiana e a quase centenária passarela representa para Itapira, procurou outras áreas e colocou à disposição do Ministério Público. O Dr. Paulo Sergio Puerta dos Santos agradeceu a boa vontade do município, mas declarou que nenhuma das opções apresentadas oferecia as condições de segurança requeridas para instalação do referido projeto. Informou, também, que o MP está buscando outras áreas, noutros municípios, que atendam aos propósitos da entidade a bem do serviço público.
Diante de tal manifestação oficial, o líder do prefeito está trabalhando e já conseguiu reverter a posição de três vereadores, no sentido de agilizar a concessão da área nos moldes impostos pelo Ministério Público.
OPINIÃO: Será lamentável a posição do Ministério Público se mantida a decisão de abrir mão de uma área pública apenas para prover os interesses corporativos da entidade. É impossível imaginar que a cidade de Itapira não disponha de nenhuma área que atenda aos requisitos de segurança e que tal espaço seja facilmente conseguido em outras cidades.
O Ministério Público deveria ser o primeiro a se manifestar pela preservação do patrimônio histórico, mal cuidado, é verdade, mas que diante das inúmeras atrocidades sofridas pelo município como a venda, derrubada e reforma de prédios históricos, a destruição da fonte luminosa, o recapeamento desenfreado dos paralelepípedos, da recente troca da antiga escada de madeira do prédio da prefeitura por uma de concreto, a velha passarela deveria respirar aliviada, longe dos destruidores das origens de nossa sociedade.
Se a posição do Ministério Público é digna da desaprovação popular, pior será se os poderes constituídos, local ou estadual, sucumbirem à soberania municipal aceitando as condições ditadas por quem quer que seja.
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