Mulheres são maioria na formação de aprendizes para o mercado de trabalho
As duas entidades do município que atendem jovens interessados em ingressar no mercado de trabalho tem em sua composição uma maioria de pessoas do sexo feminino. Tanto o Jovem em Ação, quanto a Associação de Preparo do Adolescente (AIPA) confirmam que a maioria dos jovens que se inscrevem para participar das atividades em cada uma destas entidades vem do universo feminino. “Neste último processo ocorreu até algo interessante porque ficou assim meio que dividido o número de acolhimento entre mulheres e homens, mas inegavelmente, a presença feminina tem sido sempre maior”, conta Fabiele Dorta, coordenadora pedagógica do Jovem em Ação.
Esta proporção , segundo ela, às vezes atinge 75% do total de procura por uma vaga. Fabiele conta que o Jovem em Ação procura realizar um acolhimento que contemple no seu processo de inicial de formação oportunidades idênticas para meninas e meninos, mas que, invariavelmente, a procura maior acaba contemplando os meninos. “ Temos observado uma certa predileção das empresas pelos meninos. Isso acaba criando uma situação curiosa, quando algumas meninas ficam mais tempo no processo de capacitação do que o desejável. Isto geralmente acarreta uma certa ansiedade nestas garotas. Todas elas querem, evidentemente, trabalhar logo”, analisa.
Quanto maior o tempo de “encaixe”, pior também para a entidade, já que parte do custeio do trabalho das entidades vem dos salários pagos pelas empresas. “Ao final de cada período de preparação, a gente acaba encaixando todas elas, mas tem sido difícil”, concluiu Fabiele.
Na AIPA a situação muda de figura. Segundo a responsável pelo setor de Recursos Humanos da entidade, Zoraide Custodio Sargentelli o acolhimento leva em conta determinações do mercado. “Temos observado uma certa predileção do mercado de trabalho pelas mulheres e por isso temos preparado mais pessoas do sexo feminino. Interessante que nestes últimos dois meses especificamente este quadro se reverteu. Mas a tendência tem sido por uma maior procura por meninas”, observou. Com cerca 180 meninos e meninas colocados, a AIPA possui uma lista de espera estimada em torno de 500 jovens, com idade a partir de 14 anos. “ Também na lista de espera por acolhimento existe uma predominância do sexo feminino”, comparou. Segundo sua avaliação, esta aparente predileção pela contratação de moças é uma tendência que vem se cristalizando com o passar dos anos. “Os representantes dos parceiros com os quais trabalhamos costumam destacar características que na visão deles são intrínsecas ao universo feminino, como dedicação, esforço, comprometimento com a função e até a questão escolar para embasamento desta aparente preferência”, revela Zoraide.
Fabiele, diz que no Jovem em Ação as meninas são maioria
Pessoal da AIPA, onde o público feminino tem tido uma procura maior por parte das empresas