O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Itapira, José Alair de Oliveira falou pela primeira vez de forma pública a respeito das recentes críticas desferidas por setores (como vereadores de oposição da Câmara municipal) em função do anúncio de que o município mantinha entendimento com uma empresa sediada em São Paulo, especializada em reciclagem de material de construção , para que se instalasse aqui na cidade. O pomo da discórdia seria a cessão de um terreno do município para que uma empresa que , segundo se especulou, iria oferecer cerca de 10 empregos.
O argumento principal usado pelos contestadores da pretensão da administração em atrair a referida empresa, de que o município já está integra um consórcio ambiental (o Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Região do Circuito das Águas – Cisbra) que prevê destinação para este tipo de destinação, foi refutado pelo atual secretário.
Segundo entendimento manifestado por José Alair, é preciso antes de mais nada fazer contas para saber qual o melhor custo benefício para o município, acrescentando que do pacote de serviços que o Cisbra já executa e que pretende executar futuramente, o município pode , ou não, requisitar o acesso à sua execução. “Eu citaria como exemplo prático a questão do lixo orgânico. Conseguimos autorização da CETESB para ampliação do atual aterro sanitário, cujo projeto vem sendo executado e que nos dará uma margem de manobra até que o Consórcio consiga uma negociação mais vantajosa do que vem sendo ventilada atualmente. A tonelagem de lixo recolhida no município tem um custo muito menor do que se usássemos a solução encontrada pelo Cisbra (enviar o lixo para Paulínia). Aumentar o custo desta prestação de serviço poderia implicar, por exemplo, face à elevação dos custos, colocar em prática a cobrança de uma taxa específica, cuja Lei já existe aprovada na própria Câmara”, observou.
Voltando à questão dos rejeitos da construção civil , ele argumenta que o custo de implantação de um serviço específico seria para o município bastante oneroso. “De imediato temos que ter um terreno de pelo menos 10 mil metros quadrados, adquirir um equipamento cujo custo é estratosférico, contratar pelo menos dez servidores para trabalhar inclusive em finais de semana e feriados. Poderíamos ter a opção do Cisbra, mas ainda não temos uma clareza necessária sobre como a utilização de uma estrutura para atender doze cidades poderia ser a melhor opção para Itapira. Nossa cidade em termos populacionais é a maior das que integram o consórcio. Isso implica, evidentemente, numa demanda maior de serviço. Imaginar uma alternativa diferente do Cisbra, pelo menos num primeiro momento, foi uma decisão bastante realista, tendo em vista não onerar de forma desnecessária as finanças município”, defendeu.
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