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Notícia
27/07/2014 | Nino Marcati: Nem a lua escapa...

 

Comemoramos nesta semana os quarenta e cinco anos do evento que marcou 1969 e o futuro da tecnologia. Foi no dia 20 de julho que o homem pisou na Lua pela primeira vez. Tinha eu quatorze anos de idade, lembro-me muito bem daquele momento. Esperei a transmissão ao vivo como se esperasse o Papai Noel. Não pela fantasia, pela expectativa.
 
A minha família e uns parentes se espremeram na pequena sala. Estávamos atentos à Empire e às imagens em branco e preto transmitidas. À medida que as cenas evoluíam, mesmo com a baixa definição, a emoção ficou com o pulo dado por Neil Armstrong do último degrau da escada, depois da descida lenta, caindo com os dois pés no chão lunar. Na sequência, nada mais extravagante ou surpreendente, mas o clima era de euforia. Eu e meu primo fomos para a rua. A Lua estava a pique, brilhante, como se estivesse radiante, com tantos holofotes terrestres. Nossa intenção era ver daqui alguma movimentação ou um pequeno reflexo. Não vimos nada, mas sabíamos tinha gente por lá. Brincamos, será que vão encontrar com São Jorge?
 
A despeito da guerra fria, a saga de conquistar a Lua trouxe à humanidade incontáveis benefícios, como por exemplo, a facilidade e baixo custo das comunicações, o GPS, o relógio digital, ferramentas à bateria, testes de medicamentos e equipamentos hospitalares, alimentos enriquecidos, novas ligas metálicas... São tantos que a maioria usufrui e nem sabe que a origem veio da necessidade de dar soluções para os problemas das viagens espaciais ou que os testes determinantes foram realizados no espaço. No entanto, para alguns terráqueos, aquela viagem à Lua não passou de um golpe de marketing dos americanos. Uma mostra de que levantar certas bandeiras e tentar convencer os incautos faz parte da mediocridade humana.
 
Quem não ouviu ou leu sobre as teses que provavam que aquela transmissão era peça hollywoodiana? O principal argumento dizia que a bandeira americana aparecia em movimento e questionavam: como isso pode acontecer se na Lua não venta? Eis o tipo de argumento que parece ser irrefutável. Aquele que os críticos sem causa adoram encontrar. Mas como tem ciência na parada, a resposta estava dada. Nem todo mundo entendeu. Era mais fácil acreditar na conversa fiada.
 
De fato na Lua não venta, mas os acontecimentos de lá ou em qualquer lugar do Universo estão sujeitos à Primeira Lei de Newton. A bandeira foi fixada com uma haste flexível de alumínio que adquiriu um movimento que continuou depois que o astronauta tirou a mão, por isso a bandeira tremulava. A inércia fez com que ela mantivesse movimento até que a haste parasse de oscilar. Basta observar os vídeos que estão disponíveis na rede para constatar que depois de certo tempo, a bandeira ficou totalmente paralisada como manda um bom ambiente de vácuo. Além dessa confrontação, todos os demais ensaios conspiratórios foram derrubados cientificamente.
 
Quantas pessoas perderam a oportunidade de pensar no assunto e evoluir tecnologicamente achando que tudo aquilo não passava de uma fantasia cinematográfica? Podemos dizer que essas críticas contribuíram para alguma coisa? De que valem as críticas quando elas não produzem resultados efetivos? Muitas críticas podem não beneficiar todo mundo, mas alguém acabará ganhando alguma coisa com elas.
Fonte: Nino Marcati

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