Comerciantes estabelecidos ao longo das avenidas Henriqueta Soares e Liberdade aprovaram, em sua maioria, a mudança da mão de direção, que, segundo pretensão do setor de trânsito da Prefeitura, deve estar concluída até o final de semana. Devido à chuva que predominou durante boa parte da semana o serviço de instalação da sinalização, placas e pintura de solo, acabou sendo retardado, permitindo a conclusão somente do trecho da Henriqueta Soares.
A rigor, não existe resistência dos comerciantes para a mudança anunciada. A maioria deles, no entanto, exige a construção de uma nova alça de retorno nas imediações da Unidade Básica de Saúde.
José Francisco Tomé, atendente do Restaurante Scáglia’s há 24 anos, afirma que as mudanças têm aprovação da maioria das pessoas, mas que existe uma ideia fixa de que é preciso um novo retorno. “Tá ficando bom, mas uma nova passagem ligando as duas avenidas se faz necessário”, opinou.
Daiana Cristina Padilha, dona de uma loja na avenida Henriqueta Soares, disse que gostou da sensação de segurança oferecida pelo novo esquema mas também reclamou da nova passagem. “Eu ouço as pessoas se queixando que é preciso uma outra ligação com a avenida Liberdade e acho que a reclamação faz sentido”, observou.
A comerciante Cilene Peraro, há 24 anos no local, diz que do jeito que está, qualquer pessoa que perder a entrada de onde quer chegar, terá dificuldades. “É fácil se distrair, por isso é preciso ter uma opção de retorno”, sugeriu.
Um outro comerciante, que preferiu não se identificar, disse que participou com outros colegas de um encontro com o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) e este assegurou que haveria a outra ligação. “A gente foi apanhado de surpresa porque as mudanças estão sendo realizadas sem o que foi prometido”. Segundo este comerciante, está correndo um abaixo-assinado para que haja uma flexibilização no trecho que compreende o trecho entre a rua José de Alencar e a Emílio Ribas. “Se não for feito isso, vai ficar uma confusão”, prevê. A professora de Educação Física, Selma Sartori, da Academia Evolução, há quase dez anos na Henriqueta Soares, afirma que tanto ela como a maioria dos frequentadores apoiou as mudanças. “Ficou uma sensação maior de segurança. Antes a rua era mais apertada, com muito trânsito”, lembrou. Ela disse que no trecho onde trabalha e reside não enxerga problema com relação ao acesso para outros locais ali próximos. “É uma questão das pessoas se acostumarem com a nova realidade”, acredita.
Evolução
Do outro lado, na avenida Liberdade, o comerciante Vanderli Edésio Leandro, o Dél, da Agrodél , que mora no local há pelo menos 24 anos, acha que a medida tem um aspecto de evolução. “Outras cidades da região apresentam estas soluções com bons resultados. Acho que vai melhorar”, opinou.
Mais a frente, César Batista Jeremias, da Opção Vidros, também acha que vai aumentar a sensação de segurança, mas faz uma observação. “As ruas transversais que desembocam tanto na Liberdade como na Henriqueta têm que receber uma atenção especial porque é comum abuso de velocidade de motoristas e motociclistas. Não adianta você consertar um problema e deixar outro de lado”, comentou. Ele disse que uma destas ruas, a Joaquim Firmino, perto de seu estabelecimento é alvo de constantes abusos.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.