Um relatório independente de peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado hoje (27) indica que a maioria dos países com elevadas taxas de mortalidade infantil e materna deverá falhar no cumprimento dos Objetivos do Milênio no que se refere à saúde de mães e filhos até 2015. Também há um alerta sobre a tendência de países, que sofrem os efeitos da crise econômica internacional, não conseguirem fazer as doações que se comprometeram.
Para os peritos, as duas tendências, se concretizadas, resultarão em “consequências devastadoras.” O grupo analisou 75 países nos quais são registradas 98% das mortes maternas, neonatais e infantis no mundo.
Apesar de reconhecer uma grande evolução nos indicadores, principalmente a queda da quantidade de crianças mortas com menos de 5 anos, o grupo adverte que ainda há preocupações.
Segundo as estimativas, apenas 13 dos 75 países estão no bom caminho para atingir os objetivos. O Brasil está nesta relação, assim como Bangladesh, China, Egito, Guatemala, Libéria, Madagascar, Marrocos, Nepal, Peru, Tadjiquistão e Vietnã.
Porém, os peritos elogiam os esforços e os progressos obtidos por países como Afeganistão, Angola, Burundi, Camboja, Congo, Iraque, Coreia, Libéria, Madagascar, Suazilândia e Zâmbia. No entanto, segundo o relatório, há países que “estão se afastando” das metas, como Azerbaijão, Botsuana, Burkina Faso, Haiti e Lesoto.
As maiores taxas de mortalidade materna e infantil são registradas na África Subsaariana. As Metas do Milênio mencionam a erradicação da pobreza extrema e da fome, ampliação da educação básica, promoção da igualdade entre os sexos e a capacidade da mulher, redução da mortalidade infantil, melhorias da saúde materna e o combate à contaminação da aids, além da malária e garantias de sustentabilidade ambiental.
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