“Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A “VIDA” vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo..... agora
Há tanta VIDA lá fora
Aqui dentro, sempre
Como uma onda no mar.”
O ano 2013, será novo no calendário, e nós seremos os mesmos?
“ Não adianta mentir pra si mesmo”..... quando olhamos no espelho quem é que nós vemos? Quando olhamo-nos em fotografias quem é que vemos?
Temos saudade do jeito que já fomos um dia e sabemos ( será que sabemos mesmo?) que “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.”
Se tudo (e nós também estamos incluídos nesse “tudo”) muda o tempo todo no mundo, será que nós temos mudado para melhor, crescemos, evoluímos......em quê?
Em patrimônio, cultura, relações sociais, barriga, filhos......mas será que também evoluímos em CONSCIÊNCIA?
Consciência de quê?
Da vida e que “o que” somos, de onde viemos, para onde iremos, afinal, somos “como “uma” onda no mar”, uma gota no oceano da existência, da vida, do Universo, do Todo.
Dizem os budistas que a única coisa permanente na vida é a impermanência.
Então, se estamos só de passagem, (você conhece alguém que ficou para semente?) o que fazer ao ficarmos “ANALISANDO a VIDA”?
Talvez, uma coisa interessante seja o que costumo dizer para os meus colegas de trabalho:
“Não fiquem olhando para os lados (os outros), não temos que ser melhores que ninguém, só temos que ser melhores que fomos ontem”.
Se a todo momento formos melhores que éramos no momento anterior, não ficaremos preocupados com as rugas e cabelos brancos que vemos no espelho e sim felizes por vermos na face do outro a expressão suave e feliz que ele faz quando nós chegamos.
Ano novo?
Ao sentarmos à mesa farta de refeição, comemoração festiva, vamos nos lembrar que “Refeição” vem do latim: “refectione”, ato de refazer as forças, de alimentar-se.
Então a refeição é uma reposição, do mesmo jeito que o alimento repõe ao corpo suas energias despendidas, a presença das pessoas que nos acompanham à mesa, nos alimenta, nos devolve ao nosso estado natural de ser (eterno).
Nós nos reenergizamos por meio de alimentos , atos, palavras e pensamentos amorosos.
À mesa é onde as fomes devem ser saciadas por pão e amor.
Meu desejo para o ano novo é que possamos vir a ser “ nós mesmos” da forma mais transparente, pacífica e iluminada que já éramos ao iniciar esta leitura.