Beleza
“ Perguntei à Terra
ao mar, as profundezas,
e entre os animais, às criaturas que rastejam.
Perguntei aos ventos que sopram
e aos seres que o mar encerra.
Perguntei aos céus, ao sol, à lua e às estrelas
e todas as criaturas à minha volta
Minha pergunta era o olhar que eu lhes lançava
Sua resposta era a sua beleza.”
Agostinho (Confissões)
Ao lançar o seu olhar em forma de pergunta, presumo que o autor devia estar em silêncio.
Sim, mas não só o silêncio do verbo, aquele que se está por não estar se falando, mas creio que estava o autor no silencio profundo, daquele que é “todos ouvidos”, o silencio profundo que só é alcançado quando se consegue também ouvir SEM PENSAR.
Muitos conseguem ouvir sem falar,
Outros tantos ouvir sem julgar, porém
Pouquíssimos conseguem ouvir sem pensar.
Ouvir sem pensar é um estado meditativo, sem memórias, sem desejos,na pura neutralidade da mente.
Diz um ditado popular:
“ A beleza está onde a pomos”.
Concordo parcialmente, pois quem está na correria da vida, não a vê em lugar nenhum a não ser nas artificialidades do consumo.
Assim, entendo que : “A beleza está em todos os lugares”, mas temos que ter um estado mental sereno e relaxado para conseguir vê-la e aproveitá-la.
Fácil?
Nem tanto né!!!!!!!!!!!!!!
Psicanalista e possui Especializações em: Mitologias (Cefas), Sonhos e Símbolos (SPAG), Ópera e Psicanálise (Unicamp), Transtornos Psicossomáticos (S.N.H), Neurociências e Psicanálise (Soc. Psicanalítica de Campinas), Atualmente especializa-se em: Psicoterapia Psicanalítica de Grupo (Hosp. XXII de Outubro).
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