Estou finalizando uma especialização em “Psicanálise de Grupos”, deparei com algo, que me parece atual e aqui compartilho com você leitor.
Nas nossas relações humanas, naturalmente formamos “vínculos”, e uma forma desses vínculos é denominada de: “VÍNCULO ESTERIL”.
É quando aquele vínculo, não possui nenhuma utilidade para a vida, então, o grupo ou aquele vínculo se desfaz ou alguém o “deleta” com se faz nas “amizades virtuais”, porque prevaleceu o inimigo numero um, o Narcisismo, que é quando as pessoas dentro daquele grupo só pensam em si-mesmas, querem levar alguma vantagem, serem reconhecidas, aplaudidas, o que acaba criando diferenças e rupturas.
Explico melhor com uma história:
Um homem “Justo” morreu, foi para o céu, encontrou-se com Deus num linda sala de recepção.
De repente, ouviu uma gritaria na sala ao lado, curioso, perguntou a Deus, o que era aquela sala.
Deus respondeu: O inferno. Abra a porta e comprove.
O homem “Justo” abriu a porta e percebeu que lá estavam muitas pessoas que gritavam repetidamente: Eu... Eu... Eu...
Lembrando que Narciso foi aquele que era lindíssimo, mas incapaz de estabelecer relações vinculares, refutava o amor oferecido pelas belas mulheres, ninfas, e um dia, num pequeno lago viu sua imagem refletida e se apaixonou.
Quando tentava acariciar a bela figura, e assim tocava a água, ela se movimentava e a imagem sumia, ficou lá nessa tentativa até morrer.
Será que vale a pena analisarmos que tipo de vínculos estamos estabelecendo?
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”
Fernando Pessoa
“Uma vida não analisada, não merece ser vivida.”
Sócrates
O autor é Psicanalista e possui Especializações em: Mitologias (CEFAS), Sonhos e Símbolos (SPAG), Ópera e Psicanálise (Unicamp), Transtornos Psicossomáticos (S.N.H), Neurociências e Psicanálise (Soc. Psicanalítica de Campinas), Psicoterapia Psicanalítica de Grupo (CEFAS) e atualmente especializa-se em: Intervenção Psicanalítica nas Instituições.