A estatística dos casos de dengue referente à semana epidemioló­gica de 22 a 28 de março divulgada aponta que o número de casos continua em queda, apesar da diminuição em relação ao período anterior ter sido pouco significativa, de apenas 2,3%. Nesse perí­odo foram computados 172 novas ocorrências, contra 176 entre os dias 15 e 21 de março. Até o último fecha­mento, 2015 soma 4.045 casos positivos da doença.

De acordo com a chefe da Vigilância Epidemioló­gica do município, Josema­ry Apolinário, essa queda pouco significativa ainda preocupa, apesar das ações realizadas terem se mostra­do eficazes desde o período mais crítico do ano, de 18 a 24 de janeiro, quando o pico foi de 636 casos. “De lá para cá os números vem caindo, o que indica que as ações têm surtido efeito. Porém, essa última semana nos preocupou um pouco, pois acreditávamos em uma redução maior”, comentou.

Sobre as atividades de­senvolvidas pelo departa­mento no combate à epide­mia, Apolinário explicou que o trabalho em toda a cidade foi concluído na semana passada e, desde a última segunda-feira, as ações es­tão sendo pontuais junto às regiões onde ainda estão sendo registrados novos casos. “Agora dá pra agir mais rapidamente fazendo bloqueios e nebulizações apenas nas regiões críticas, e não mais nos bairros todos”.

Os feriados prolongados desse mês também se torna­ram motivo de preocupação a Vigilância Epidemiológica, visto que toda a região está enfrentando epidemias ou estado de alerta pela doença e algumas cidades próximas – como Rio Claro, Jales, Porto Feliz, São José dos Campos e São José do Rio Preto – isolaram tipos diferentes da dengue que circula em Itapira, a Dengue 1. “É um período de muita circulação de pessoas, o que pode facilitar a dissemina­ção de tipos diferentes dos que temos aqui na cidade. Além disso, torna-se um agravante o fato de ainda estarmos encontrando larvas e criadouros e não estamos conseguindo in­terromper a circulação do mosquito. Com a infestação, caso alguém que tenha sido contaminado com outra ‘dengue’ venha para cá, não é difícil que comece a circular um novo tipo por aqui”, esclareceu.

Enfatizando a campanha que tem sido encabeçada pela Prefeitura, Josemary solicita o apoio da população no combate ao mosquito. “Precisamos que cada um faça sua parte, caso con­trário as ações não surtirão mais efeito. Esse mês é um período crítico, mas como estamos desenvolvendo as atividades há muitos meses a tendência é que os casos caiam, mas é necessário o envolvimento de toda a população”, finalizou.