Bruno, Mathias e Gardinalli, os três inscreveram trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação

 

Mathias contou que ele os colegas Lucas Pereira Gardinalli e Bruno Valentin há questão de dois anos decidiram realizar um curso de pós-graduação na área de saneamento e durante este período estudaram na Escola de Engenharia de Piracicaba, que possui este curso disponível. Cada um escolheu um tema diferente para realização da monografia de conclusão de curso. Lucas dissertou a respeito do tema “Válvulas Redutoras de Pressão”, Bruno sobre “Substituição de Hidrômetros” e Mathias optou pelo tema “Pesquisa e combate a vazamentos”. Os três trabalhos foram encaminhados para a Assemae e os três tiveram aprovação preliminar para figurar entre os finalistas. “Sinceramente, eu nem imaginava que o meu trabalho acabasse sendo o vencedor”, comentou o rapaz, que é natural e reside na vizinha Águas de Lindoia.

Quem soube da notícia em primeira mão foi o colega do departamento técnico, o também o engenheiro Paulo Roberto dos Santos, que no dia do anúncio do vencedor participava do congresso. “Imediatamente, ele me telefonou. Contei para os colegas e fomos avisar o José Armando (José Armando Mantuan, presidente do SAAE)”, relembrou.

 

Na noite de 27 de maio, os quatro foram até a estância hidromineral e turística do vizinho estado mineiro para a cerimônia de premiação. Com efeito, ele irá participar de um simpósio internacional com data ainda a ser confirmada, a ser realizado em algum país europeu, para falar sobre seu estudo. “A ficha nem caiu ainda direito. Tudo aconteceu muito rapidamente. Quero de alguma forma dividir os méritos com todos os colegas do SAAE”, disse.

Indagado se imagina qual tenha sido o ponto determinante para que seu trabalho fosse escolhido, Mathias acredita que a diminuição mundial da oferta de água tratada, diante de um cenário de escassez que acometeu particularmente as regiões sul e sudeste no ano passado, possa ter tido peso na escolha dos jurados do concurso. “Meu trabalho foi extremamente técnico, mas objetivo”, frisou.

 

Em sua opinião, a questão do combate ao desperdício e consequentemente às perdas dos sistemas de captação, tratamento e distribuição, ganha a cada dia mais importância.Em Itapira ele estima que o total de perda seja na ordem de 37%. “Ainda muito elevado”, segundo opinou. Mas lembra que já passou dos 50%. “Os serviços de água trabalham hoje para chegar a um patamar de pelo menos 25% de perdas. Em países como o Japão, esta margem chega a módicos 7%”, colocou.