O professor da área de química, Sidney de Lima Júnior, 35, que atende a clientela da ETEC “João Maria Stevanato” e também do Instituto Federal de Tecnologia de São João da Boa Vista, apresentou recentemente para um seleto grupo de especialistas na área de geociências um estudo que integra seu trabalho de dissertação para se tornar Mestre no ensino de ciências junto à Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Realizado na própria Unicamp , o evento denominado Congresso Internacional de Interfaces Entre Geociência e Educação, reuniu especialistas do Brasil, Argentina e Portugal.
Os trabalhos foram coordenados pelo professor doutor Jorge Bonito, da Universidade de Évora (Portugal) e teve a participação especial de Hector Lacreu, da Universidade San Luis; Jose Seles Martinez, Universidade de Buenos Aires (ambas na Argentina). Do Brasil, além dos pesquisadores da Unicamp, participaram integrantes do corpo docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Lima Júnior contou que devido ao bom relacionamento com os professores da área, inscreveu “um recorte” de seu trabalho de dissertação para ser apresentado no referido simpósio e teve aprovada sua pretensão pelos organizadores. Basicamente, falou da contribuição da Geociência na formação do currículo de Química nas escolas públicas, defendendo a adoção de um modelo de ensino “participativo e mais interativo”.
Ele conta que este seu trabalho implicou até aqui em muitas horas de pesquisa em documentos oficiais da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. De posse desses documentos, vem embasando seu trabalho cuja essência é tornar mais atrativo e dinâmico o aprendizado da disciplina.
Até o ano passado, ele era professor da Escola Estadual “Cândido Moura”, onde foi precursor da introdução de métodos de experimentação em sala de aula para atrair a atenção dos estudantes, com grande sucesso, a ponto de ter recebido elogios por seu trabalho da Direção Regional de Ensino de Mogi Mirim. “Em linhas gerais o ensino de ciências tem uma afinidade muito estreita com o campo da experimentação e em minha dissertação procuro enfatizar a importância da visita a campo, da experimentação, do estudo do meio ambiente, como ferramentas de integração indispensáveis ao ensino da área”, avaliou.
Ele revela ainda que o trabalho prospecta experiências no ensino de ciências nos últimos 40 anos e que servirá de base tão logo consiga concluir seu mestrado, prevendo que seja finalizado em 2014, e irá se empenhar para a elaboração de uma tese de doutorado sobre o assunto.