Evento como este agendado para o domingo costuma ter ajuda da Defesa Civil para refrescar o calor

A ONG (Organização Não Gover­namental) “Mãos que Regatam”, um projeto idealizado pelo comerciante e religioso Nelson Severino da Silva, de 47 anos, conseguiu neste mês de dezembro seu registro oficial, que lhe confere personalidade jurídica e abre as portas para que a entidade possa receber subvenção de orga­nismos públicos. Neste domingo, 22, Silva e um grupo de colaboradores, espera reunir até mil pessoas nas ruas do Conjunto José Tonolli para um dia de festividades. Ele garante a instalação de brinquedos infláveis, guloseimas para as crianças e se o tempo colaborar, ducha de água do caminhão pipa da Defesa Civil.

“Nosso desejo seria o de poder por exemplo entregar presentinhos para as crianças algo que para nós que transita no campo do simbólico porque neste período do ano se convenciona que a maioria deve se lembrar que existe pobre no mundo. Mas entregamos uma festa com aquilo que nossas condições nos permitem e a bem da verdade, o maior presente é poder acolher estas pessoas e principalmente as crianças”, disse, acompanhado de duas colaboradoras, as estudantes Bruna Nalini e Tainá Fernanda Brito, de 16 anos e moradoras na Vila Ilze.

A ideia de um projeto social voltado para o José Tonolli teve início há cerca de um ano e meio , pouco depois da entrega das chaves para os moradores do conjunto construído com recursos do Minha Casa, Minha Vida. “Chamou nossa atenção as condições de vida de muitas dificuldades daquela gente. Foi por isso que decidimos estreitar nosso relacionamento”, contou Silva, que é pastor da Igreja Catedral dos Milagres, por ele fundada há cerca de dois anos e que funciona no jardim Raquel . “Não lutamos somente para saciar barrigas vazias. Queremos mais”, disse, referindo-se à crença de que o trabalho assistencial é uma forte ferramenta de conversão das pessoas.

Ele menciona que a grande maio­ria das crianças que frequentam a Igreja tem uma história triste por detrás. “Temos órfãos de pai e mãe, crianças com pais que se perderam no vício, pais traficantes e também aquelas pessoas que demonstram desprendimento para deixar esta vida. São estes aos quais acolhemos”, frisa. Além de alimentos,festinhas e até roupas novas, a ONG costu­ma levar as crianças em passeios dominicais no Parque Juca Mulato.

Entrega de alimentos in natura (verduras, com ajuda da Prefeitura) e o famoso Sopão (um projeto iniciado pelo hoje vereador Joilson Militão) nas terças-feiras e festividades geral­mente realizadas nos domingos são outros eventos realizados. Silva se queixa das dificuldades de manter o serviço. Garante que a ajuda que recebe é pouca face ao tamanho da obra. Uma das formas com que arrecada dinheiro é o aluguel dos brinquedos infláveis da Igreja ( quem quiser ajudar pode telefonar para 9 8246 0745). “ Temos sim pessoas que nos ajudam, mas em número insuficiente diante da grandeza da obra. Mas temos confiança que Deus tudo provê e por isso não desanimamos”, encerrou.

Às terças-feiras tem distribuição de legumes e verduras para os moradores

Pastor Nelson e alguns de seus colaboradores com mantimentos recolhidos: doação tem sido insuficiente