Os detalhes finais da iniciativa foram definidos em reunião promovida na última segunda-feira, 29, na sede da Secretaria de Promoção Social. “Com o comando do CMDCA e a atuação dos parceiros, o projeto é tido como pioneiro no Estado de São Paulo e prevê que escolas municipais e estaduais contem com assistentes sociais e psicólogos em seus quadros de pessoal”, explicou a diretora da pasta, Regina Ramil Marella. Enquanto os psicólogos terão a função de resolver os conflitos da relação professor-aluno, a assistente social será responsável por viabilizar uma integração maior entre a escola e a família do estudante.

De acordo com o presidente do CMDCA, Tiago Fontolan, a idéia do programa surgiu quando o órgão analisou os relatórios do Conselho Tutelar e verificou o grande número de casos de evasão escolar. “Desde então, fizemos várias reuniões com diretores de escolas e professores, para conhecermos o problema mais a fundo. O próximo passo foi firmar parcerias com a Promoção Social e a Rede Social do Senac, que já tinha desenvolvido um trabalho semelhante e possuía um certo diagnóstico da situação”, contou.

O primeiro estabelecimento de ensino escolhido para o desenvolvimento do projeto foi a Escola Estadual Professor Cândido de Moura, que costuma receber alunos com histórico de evasão de outras escolas. “Na verdade, decidimos também estender o atendimento dessa fase inicial para a Emei Izaura da Silva Vieira e a Casa da Criança Celencina Caldas Sarkis, já que muitos alunos das duas primeiras costumam realizar cursos na Casa da Criança no período em que não estão na escola”, frisou Fontolan. 

Ele e Regina detalharam como será a capacitação dos profissionais contratados pelo CMDCA exclusivamente para o projeto: “Serão feitos dez encontros de cinco horas cada para capacitar os profissionais envolvidos. Além dos dois psicólogos e da assistente social, alguns professores da Rede Municipal de Ensino também passarão pelo treinamento.” 

Segundo eles, a iniciativa poderá ser estendida a toda a Rede Municipal já no próximo ano, ou até 2013. “Nesses próximos quatro meses estaremos buscando subsídios concretos para transformar a proposta do projeto em política pública de âmbito municipal. Precisamos entender que a família mudou e hoje a escola tem papel fundamental na formação de pessoas com caráter e moral”, enfatizaram. 

O presidente do CMDCA destacou que o programa está sendo financiado com recursos próprios do órgão, provenientes dos repasses de 1% do Imposto de Renda feitos por empresas da cidade. “Na verdade, as maiores parceiras deste projeto são as empresas que em 2010 doaram 1% do IR para o Fundo da Criança e do Adolescente”, asseverou.