Estudo está sendo desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos
A proteína extraída das sementes de uma espécie de trepadeira nativa pode ser capaz de tratar tumores. A descoberta é de um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP). Eles estão desenvolvendo estudos com a pulchellina, proteína presente nas sementes da Abrus pulchellus, encontrada no nordeste brasileiro e também na África.
Estudos in vitro mostraram que a pulchellina apresenta uma atividade tóxica celular, interferindo na síntese de proteínas. Outra particularidade é que ela leva à apoptose, que é a morte celular programada. Essas características fazem dela uma candidata ao desenvolvimento, no futuro, de medicamentos dirigidos ao tratamento de tumores, principalmente os de pele.
Atualmente, os pesquisadores contam com a parceria de uma empresa de biotecnologia de Campinas, onde estão sendo realizados estudos in vitro e em animais. O projeto para aplicação biotecnológica da pulchellina está em andamento e encontra-se em fase de avaliação da eficácia do sistema tanto in vitro como in vivo.