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27/06/2012 | Raros, brasileiros que venceram rivais dão dicas ao Corinthians

Não importa qual modalidade ou partida, quando se enfrentam há sempre um clima diferente entre brasileiros e argentinos. E mais uma vez não vai faltar emoção em mais uma final de Taça Libertadores da América. Corinthians e Boca Juniors decidem o título continental de 2012. Esta será a 13º vez em que Brasil e Argentina chegam à final da competição. Dos 12 confrontos anteriores nossos hermanos levam vantagem: venceram nove contra apenas três.

Deste confronto o Boca é o time que mais chegou às finais de Libertadores, ao total serão seis participações com esta. E o Boca é o carrasco dos brasileiros. Dos cincos confrontos venceu quatro: o Cruzeiro em 77, Palmeiras em 2000, Santos em 2003 e o último, o Grêmio em 2007. A única derrota aconteceu em 1963 para o Santos de Pelé, Pepe e Cia. O time argentino ainda tenta igualar a marca de um clube compatriota, o Independiente, que já faturou sete vezes o caneco continental.

O primeiro capítulo desta rivalidade foi Santos e Boca em 1963. O Santos era o atual campeão do Torneio. O canhão da Vila, Pepe relembra como foi a partida. “A torcida vaiava e fazia muita pressão, é muito difícil jogar no estádio deles”, disse Pepe que conhece o atalho para o Corinthians sair com um bom resultado. “Ter tranquilidade, manter a calma e jogar o mesmo futebol”, argumentou ainda que este Boca não é nem sombra daquele que enfrentou, mas alerta sobre a tradição. “Não tem a mesma qualidade, porém tem tradição no torneio”, disse Pepe.

Outra decisão entre brasileiros e argentinos, foi cinco anos mais tarde, em 1968. O Palmeiras chegava à final contra o Estudiantes. Mas, a sorte não esteve do lado do time brasileiro, que saiu derrotado. Em 1974 foi a vez de o São Paulo enfrentar o Independiente. E novamente os argentinos saíram vitoriosos. Dois anos depois em 1976 o Cruzeiro encarou o River Plate. E Palhinha, que em 1977 ajudou o Corinthians a sair da fila de 23 anos, falou do título mineiro. “Qualquer jogo de Libertadores tem um clima diferente, mas se tratando de argentinos o clima fica ainda pior”, disse Palhinha.

O ex-atacante sabe que a conquista de um título inédito representa o feito para o clube e jogadores. “É uma realização para todos, cada jogador vai entrar para história do clube, é uma vitrine”, disse. Como já colocou uma faixa no peito Palhinha dá a receita para esta final. “O primeiro jogo é importante. Jogar o futebol do mesmo jeito e não cair na catimba dos argentinos” ressaltou antes de falar das qualidades do Corinthians. “É um time que tem frieza, não se apavora, mesmo tomando gol mantém o mesmo estilo”, resumiu.

O Cruzeiro, no ano seguinte, pegou o Boca Juniors e aí a história foi outra. O time argentino voltaria a vencer a competição. Em 1984 foi a vez de Grêmio e Independiente se enfrentar e mais uma vez o caneco voltou à Argentina. No começo dos anos 90 o São Paulo, de Telê Santana, chegaria a três finais consecutivas 1992, 1993 e 1994. Conquistou o título em duas oportunidades, 1992 e 1993 e parou em 1994.

No primeiro título encarou o Newell's Old Boys , em 1992. O goleiro Zetti esteve no elenco que ergueu a taça de campeão. “É muita emoção, todos querem vencer esse torneio, ainda mais sobre um time da Argentina”, comentou. E em 1994 perdeu para o Vélez Sársfield. Mas, Zetti fala do Corinthians. “Esse time tem cara de Libertadores. O grupo joga sem vaidade todos se doando por um objetivo”, frisou. Para o arqueiro que já frequentou finais e conhece o caminho da conquista e ainda mais enfrentar o Boca no La Bomboneira. “Não é preciso jogar bonito, o importante é não sair com a derrota, aguentar a pressão e não cair na firula deles”, disse Zetti.

Depois de seis anos, em 2000, quando o Palmeiras e Boca se enfrentariam, a Argentina mais uma vez conquistava a América, e este seria a pedra no sapado dos brasileiros desde então.

Isso porque em 2003 e em 2007, o Boca venceu o Santos e o Grêmio. A última vez que teve uma final Brasil e Argentina, foi em 2009, entre Cruzeiro e Estudiantes, com mais um triunfo argentino.

Para conquistar a sua primeira Taça Libertadores da América o Corinthians terá de superar além da boa equipe do Boca, todo um prognóstico ruim dos brasileiro contra argentinos na competição, o que pode tornar uma possível conquista ainda mais saborosa aos torcedores.

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Fonte: Site Oficial FPF

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