Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Banco Central (BC) divulgou hoje (19) o terceiro volume do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais, referente a junho, como forma de "ampliar a transparência" do processo de administração de divisas estrangeiras, e mostra que as reservas aumentaram 20,7% no ano passado em relação a 2009. A expansão, porém, já chega a 22,18% no acumulado do ano, até ontem (18), de acordo com boletim diário que a autoridade monetária libera na internet.
As reservas internacionais do país somam, no momento, US$ 352,59 bilhões, ou R$ 64,02 bilhões a mais que os US$ 288,57 bilhões contabilizados no fim do ano passado, como resultado das compras diárias que o BC tem feito no mercado à vista de câmbio, como forma de evitar que a depreciação do dólar diante do real ocorra de maneira ainda mais forte. Afinal, a depreciação do dólar é prejudicial às exportações brasileiras e favorece as importações, com desequilíbrio para a indústria nacional.
O relatório do BC diz que o aumento das reservas internacionais faz parte de uma política que visa à redução da exposição do país ao risco cambial, e a gestão das divisas está ancorada em um “sólido sistema de governança”. Apesar disso, o custo de formação das reservas, que o mercado financeiro chama normalmente de “carregamento das reservas”, foi R$ 26 bilhões no ano passado, uma vez que a rentabilidade das reservas foi 1,82%, mas o país pagou juros de 7,74% pelos títulos em que as reservas foram aplicadas.
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