O ex-diretor da Secretaria Municipal de Administração, Benedito Aparecido Robles, não esteve presente para realizar seu depoimento, na quinta-feira, durante a reunião da CPI que investiga o aumento de 11% na Folha de Pagamento da Prefeitura em 2009. Por volta das 11h00, uma hora antes do horário marcado para que ele fosse ouvido, o servidor entregou ao Presidente da Comissão, Toninho Orcini (PDT), um documento qual afirmava que sua presença era desnecessária. O documento foi aceito, porém, Robles foi novamente convocado para dar seu depoimento na próxima quinta-feira, 27, às 16h00 na Câmara, agora sob possibilidade de crime de responsabilidade caso ele não compareça.
Segundo o servidor, todas as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos já foram prestadas pelos outros depoentes, o Secretário da Fazenda Hélio Citrângulo e o chefe de documentos RH da Prefeitura, Everton Henrique Pugina, o que o levou a considerar que não era necessário ser ouvido. “O teor das mesmas (explicações) é exatamente aquilo que é do conhecimento deste signatário, ficam tais declarações (de Citrêngulo e Pugina) desde logo por mim inteiramente ratificadas... desconhecendo os atuais fatos vinculados ao objeto da CPI, nada mais tenho a acrescentar a tais depoimentos”, assina Robles, que se põe a disposição caso os questionamentos sejam enviados por escrito.
Mesmo sem a presença do convocado os vereadores que fazem parte da Comissão, Orcini, Mauro Moreno (PTB) e Luis Henrique Ferrarini (PV) realizaram a reunião no horário marcado, 12h00. O documento entregue pelo servidor foi lido na íntegra. Após a leitura, os parlamentares suspenderam o encontro e posteriormente decidiram convocá-lo novamente, inclusive, alertando que tanto Robles, quanto o próprio Prefeito Toninho Bellini (PV), por ser responsável pelo servidor, podendo inclusive incorrer em crime de responsabilidade caso o convocado não compareça.
“Em virtude do depoente não ter comparecido, esta presidência e junto dos vereadores, optamos por mais uma vez convocá-lo. Ele é obrigado a estar presente perante a lei orgânica (artigo 28) porque é servidor público. Estamos dando mais uma oportunidade”, disse Orcini. A notificação foi assinada por ele no dia seguinte, na sexta-feira, e entregue à Prefeitura no mesmo dia.
ASSESSORIA
Outro ponto anunciado durante a reunião foi o indeferimento do presidente da Casa, Manoel Marques (PV) ao pedido para a contratação de uma assessoria para auxiliar os trabalhos de análise de documentos da CPI. A solicitação ocorreu logo no início das investigações. Segundo Marques assina, o motivo da negação é que os próprios funcionários da Câmara têm competência para realizar tal tarefa não sendo necessário gastar com uma contratação de empresas especializadas.
Frente a isso, o relator da comissão, Mauro Moreno, afirmou que este pedido deve novamente ser feito, porém, agora não mais ao Presidente e sim levado a plenário. Ele explicou que devido a quantidade de volume a ser analisado, seria sim necessário a contratação de uma empresa.