A Rua Minas Gerais, uma das vias que pertencem ao bairro Jardim Magali, é alvo de constantes reclamações dos moradores devido à péssima qualidade do asfalto ali existente. A rua, que tem aproximadamente um quilômetro, concentra inúmeros buracos e ondulações profundas principalmente no trecho compreendido entre os limites com a Avenida Brasília e a Rua Amazonas.
De acordo com alguns residentes, passar de moto por aquele trecho é perigoso e conduzir carros gera trancos fortes nos passageiros. A estudante Raíssa de Fátima Lopes, 15 anos, disse que o perigo aumenta quando as pessoas que não conhecem o local transitam em alta velocidade. ”Se passar rápido corre o risco de cair da moto e mesmo andando a pé tem muita gente que tropeça devido a tantos buracos”, reclamou.
O caminhoneiro B.C.F., 50, que prefere manter o nome em sigilo, também teceu duras críticas ao asfalto daquela localidade. Morador da Minas Gerais desde que nasceu, ele relata que o problema começou a surgir depois da reforma pluvial feita na rua. “Foi muito mal feito, não colocaram pedra e nem ‘socaram’ a terra direito. Consertou um problema, o das enchentes frequentes, e gerou outro”, afirmou. Ainda de acordo com seu relato, recapes pontuais foram feitos, mas em nenhuma vez procuraram resolver o problema em sua verdadeira origem. “Essa rua foi totalmente esquecida, abandonada por todo esse tempo. Os moradores estão irritados e já estão coletando assinaturas para exigir a reforma e cogitam até mesmo chamar emissoras de TV para ver se o problema se resolve”, revelou.
Dono de uma oficina mecânica instalada na via problemática desde 97, o mecânico Mário Ângelo Antonelli, o Marinho, confirmou que a dor de cabeça dos residentes daquela rua começou a surgir após a instalação de manilhas para a contenção da água da chuva. Passando boa parte de seu dia na oficina durante todo o período de obras, ele disse que conseguiu observar que o local é composto de muita argila e não houve a colocação de um alicerce para evitar tais problemas. Com o trânsito de veículos de passeio e também pesados, o afundamento foi inevitável.
Sobre os perigos de transitar pelo local, Marinho conta que pelo menos três quedas de motocicletas foram registradas no trecho devido à ondulação do asfalto. “Um deles se perdeu, caiu e foi parar debaixo de um dos carros que estavam estacionados”, lembrou. Além desse perigo, ele também fez o alerta quando aos problemas mecânicos que podem surgir nos veículos devido ao terreno acidentado. “Se não tomar cuidado, gera muitos problemas de suspensão, amortecedores e até mesmo corte dos pneus. Todos os meus clientes reclamam demais dessa rua, falam que é péssima e a chamam até de ‘pista de motocross’”. Segundo ele, os prejuízos com o desgaste e quebra de peças dos veículos podem ser de R$ 400 a até R$ 1 mil, dependendo da gravidade. Observador de perto do problema, ele aconselha que os motoristas dirijam com muito cuidado pela área e a evitem quando for possível.
Reforma está prevista
Por meio da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Prefeitura, a Secretaria de Planejamento do município informou que as obras de recapeamento da Rua Minas Gerais estão previstas e ocorrerão dentro do pacote PAC (Programa de Aceleração do Investimento) 2, aprovado recentemente. “Ainda não há data prevista para execução dos serviços, uma vez que ainda devem ser liberados os recursos do PAC 2 para o município e, em seguida, ser feita concorrência para a contratação de empresa especializada para executar a obra. O PAC 2 está destinando R$ 3 milhões de verbas federais para Itapira para recapeamento, pavimentação e construção de calçadas e ciclovia em diversos bairros”, informa a nota.
Em entrevista à Rádio Clube de Itapira, feita na manhã de ontem, o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) também confirmou que a reforma da via está prevista dentro do pacote de investimentos do Governo Federal.
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