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Itapira, 29 de Setembro de 2024
Notícia
05/08/2011 | Rudá Serra encara desafio na Bolívia

O alpinista itapirense Rudá Serra vai encarar mais um enorme e gelado desafio na Bolívia. A partir do próximo domingo, dia 14, Rudá embarca para o país vizinho onde ficará até o meio do mês de setembro.  A Missão: escalar duas das maiores montanhas do país, encravada na fria Cordilheira dos Andes. Segundo revelou esta semana a nossa reportagem, este ano, ele pretende escalar duas grandes montanhas localizadas próximas ao lago Titicaca, na chamada Cordilheira Real, as montanhas Ancohuma e Illampu. Para tanto, ele conta que serão necessários aproximadamente 15 dias, 7 para cada uma delas. Com 6.427m de altitude, Ancohuma é a terceira montanha mais alta da Bolívia, mais baixa somente que o Vulcão Sajama (6.542 m) e o Nevado Illimani (6.462 m), desafios que ele encarou no ano passado e o leitor conferiu aqui no Cidade. “Após Ancohuma, tentarei o cume do Nevado Illampu (6.362 m), que apesar de um pouco mais baixo, a sua via normal é aparentemente mais técnica”, destacou Rudá. 

Ele ainda aproveitou para falar um pouco das características deste desafio. “Diferentemente das outras viagens, nesta terei mais tempo para aclimatação. A aclimatação é um dos fatores mais importantes na Alta Montanha, onde o corpo aumenta gradativamente o número de glóbulos vermelhos, que fazem o transporte de oxigênio. Depois de aclimatar por 14 dias, ficarei 15 dias nas montanhas”, explicou Serra.
O andinista – termo correto utilizado para quem escala as montanhas dos Andes e não dos Alpes na Europa – terá um guia local, seu amigo boliviano Nolberto, que segundo Rudá possui muita experiência e um alto nível técnico. “Nolberto é uma máquina de escalar! Ele me conhece bem, conhece meu ritmo e meus limites. A escolha de ir sozinho é sempre um pouco difícil, mas é uma forma de aproveitar para conhecer melhor a cultura local, sem falar no fato de que a "âncora" da equipe (o guia e eu), sou eu.  Ano passado, após 9 dias intensos de escalada, no dia de ataque ao cume do Vulcão Sajama, por volta de umas 5h da manhã, estava exausto e pensei em desistir. Faltando umas 4h para o cume, ele me disse: Eu te conheço... Você consegue! Respirei fundo, e continuei... Não teve preço fazer o cume daquela montanha”, completa o itapirense.

O alpinismo é uma atividade física muito intensa, que envolve não só o preparo físico como o mental. Nossa reportagem também quis saber como Rudá se preparou para mais este desafio. Segundo ele contou a nossa reportagem, para se preparar fisicamente, fez vários tipos de treinos. “Procuro fazer treinos completos de musculação pelo menos 2 vezes por semana, principalmente pernas. Durante a semana, sempre que posso, faço treino de corrida bem leve, sempre com subidas. Nos finais de semana em que o tempo está bom, vou pra rocha escalar (guiar), que ajuda também na parte psicológica. Onde estiver escalando aproveito o fim de semana para fazer uma caminhada com mochila com carga de 6 a 10 kg. Além destes, tem o treino de escadas, que considero como um dos treinos mais importantes, pois trabalha o físico e principalmente psicológico. Subo a escada do prédio onde moro (12 andares) e desço de elevador, várias vezes. Ano passado, terminei este treino subindo o prédio 15 vezes seguidas (180 andares). Este ano coloquei como meta subir 300 andares. No último treino, 20 dias atrás, bati esta meta subindo 26 vezes o prédio, totalizando 312 andares... praticamente 1000m de desnível, tudo isso em 1h e 46 minutos. Se você me perguntar: Onde está o psicológico num treino de subir escadas? Não seria um treino puramente físico? Mesmo preparado para subir, a cabeça é a primeira a desistir. Enquanto a cabeça disser para o corpo que é possível continuar, ele continua. Costumo dizer que o limite do corpo é mental, e não físico”, completou.
Sempre em busca de novos desafios, Rudá Serra revela as diversas as vantagens de se escalar em países da América do Sul, como Bolívia, Peru, Equador, Argentina. A questão da distância em relação ao Brasil faz com que os custos sejam bem baixos em comparação com o famoso Monte Everest. Além disso, e o mais importante para quem procura adrenalina, é a altitude, ou seja, o fato da América do Sul ter muitas montanhas com altitudes entre 6 e 7 mil metros. Segundo ele, nesta faixa de altitude ou mais alto que isso, nem Europa nem Estados Unidos, só as montanhas no Himalaia, cuja temporada é extremamente curta, de abril e maio, e despendiosa.

 

Fonte: A Cidade

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