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Itapira, 23 de Novembro de 2024
Notícia
11/08/2015 | Rusga entre vereadores agita sessão da Câmara Municipal

 A retomada das sessões legislativas da Câmara Municipal de Itapira foi marcada pelo desentendimento entre dois vereadores, Carlos Aparecido Jamarino (PSC) integrante da bancada situacionista e Marcos Paulo da Silva (PSC), eleito pela coligação União por Itapira que depois de ser excluído do grupo assumiu o terceiro posto da bancada oposicionista.

 
 
Tudo começou, no final da sessão da última terça-feira, com o requerimento de autoria do vereador Marcos Paulo que solicitava informações quanto à ausência de funcionários no cadastro de creches durante o recesso escolar do mês de julho alegando, em discurso, que a referida ausência teria prejudicado o cadastro de uma criança e que, por consequência, a criança teria perdido a vaga. Enquanto o líder do prefeito, Maurício Casimiro de Lima explicava que o cadastro de novos alunos ocorre em períodos e horários determinados pela Secretaria de Educação e que o fato do cadastro não ser feito nos períodos apropriados, a inscrição dessa criança não estava prejudicada, tampouco a vaga estaria perdida. Mauricio lembrou que em função dos novos pedidos inscrições deste ano, uma lista de espera foi formada e que, para suprir a demanda, a prefeitura aguarda a conclusão das obras das cinco novas creches conquistadas, previstas para o final do ano. O desentendimento entre os dois vereadores começou a partir das movimentações de Marquinhos, inquieto em sua cadeira, gesticulava, usava o aparelho celular para encontrar vídeos e falar com pessoas que estavam fora da câmara, atitudes que foram consideradas pelo vereador Carlão como gestos de desrespeito à atividade legislativa. Logo que a sessão foi encerrada a confusão ganhou amplitude.A nossa reportagem, depois dos ânimos serenados, tentou entrar em contato com os dois vereadores para que apresentassem as suas versões e se justificassem perante a opinião pública. Carlão Jamarino respondeu todas as perguntas formuladas e apesar de várias tentativas, Marquinhos Silva, não respondeu nenhuma das ligações.
O desentendimento
 
Carlão Jamarino abriu a conversa reconhecendo que apesar da gravidade das atitudes do vereador Marquinhos deveria ter mantido o controle e evitado qualquer ação de cunho pessoal e foi sincero: “perdi a cabeça, um assunto mal resolvido entre nós dois vem se arrastando a algum tempo e estourou nesta terça. Estou arrependido. Sou considerado pelas pessoas que me conhecem como uma pessoa serena, compreensiva, de bom senso e em condições de enfrentar as adversidades. Tem gente que acha que eu deveria ter feito mais. Não concordo, nessa vida devemos estar preparados para tudo, até para as provocações e para as injustiças. Foi uma grande lição para mim”.
 
O vereador do PSC explicou que o vereador Marquinhos costumeiramente fala o que bem entende no pequeno expediente e sai do plenário em flagrante desrespeito aos colegas. Diz, ainda, que o tempo todo age como se estivesse tirando “sarro” dos demais integrantes da casa e incita uma pessoa que comparece às sessões só para agredir os vereadores situacionistas. “Todas essas situações vem sendo trabalhadas pelos demais vereadores para que ele atue de acordo com a ética parlamentar, ninguém deseja, por exemplo, a abertura de um processo de quebra de decoro contra ele”, desabafou Jamarino.
 
Nessa terça-feira, Jamarino conta que Marquinhos foi à tribuna, falou o que bem entendeu sobre o requerimento apresentado, gritou, criticou a Secretaria de Educação sem que ninguém o atrapalhasse apesar das barbaridades discursadas. Disse, também, que o grupo entende que se trata de um discurso político e que a oposição, mesmo minoritária, deve ser respeitada: “Enquanto o Maurício respondia as críticas e dava as explicações solicitadas, o vereador Marcos Paulo falava com algumas pessoas ao celular, em voz alta, fazendo comentários em cima da fala do nosso líder. Comentários desairosos, sem fundamentos, dando gargalhadas, incitando as pessoas que ouviam do outro lado da linha de forma demagógica e irresponsável. Como a minha cadeira é ao lado dele, de forma educada me aproximei, disse que ele não devia usar o celular. Disse que ele não devia fazer aqueles comentários enquanto outro companheiro discursa”. E continuou: “Depois que ele desligou o celular e eu lhe disse que aquilo era uma total falta de respeito. Para a minha surpresa ele respondeu, aqui eu faço o que eu quero! Querendo dizer, ninguém manda em mim e começou a procurar vídeos no celular e soltar as gravações. Eu cheguei a dizer que aquilo era uma palhaçada e começamos uma pequena discussão. Nesse interim, Mauricio terminou a fala, o presidente colocou o requerimento em votação, eu pedi vistas e a sessão foi encerrada”.
 
Deixa disso, Marquinhos!
 
Carlos Jamarino contou que com a sessão encerrada os dois continuaram discutindo os acontecimentos cobrando de Marquinhos atitudes de vereador. “Em nenhum momento fiz comentários de ordem pessoal, mesmo quando dizia que fazia o que bem entendia como vereador, quem mandava era ele e criticava as ações dos governistas, a discussão estava no campo político, chegamos a elevar a voz, como é natural nesses casos, mas tudo caminhava para terminar como em outras ocasiões até que ele partiu para o campo pessoal dizendo que eu não era homem e ofendeu a minha mãe, além de outros impropérios. O clima era nervoso. Eu saí do meu lugar e fui em direção a ele, eu estava transtornado. Os companheiros, felizmente, me impediram e me levaram para a minha sala. Quando eu saia da minha sala e subia as escadas eu ouvi o vereador Rafael dizendo “deixa disso, Marquinhos, para com isso, vai embora, está todo mundo nervoso” se desvencilhou e veio em minha direção, eu não tinha ideia do que ele pretendia, quando se aproximou, dei uma cotovelada de proteção empurrando-o contra a parede. Novamente, os companheiros se aproximaram e impediram que qualquer coisa pior acontecesse. Foi exatamente assim que as coisas aconteceram”.
 
Para finalizar, Carlão Jamarino ao ser questionado sobre a futura convivência dos dois na câmara foi pragmático: “como vereador ele sempre teve e sempre terá o meu respeito e atuarei de acordo com o regimento. Não posso dizer a mesma coisa em relação à pessoa que vinha demonstrando ser e agora deu provas do desprezo que sente por todos nós. É lamentável.”
Fonte: Da Redação do PCI

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