Na manhã desta sexta-feira, 3, reuniram-se na Prefeitura Municipal os representantes da Sanepav, da secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, do Condema, da Rede Social e da Ascorsi.
O assunto pautado era a coleta de lixo urbano e reciclável e os transtornos que a Sanepav vêm trazendo à população.
O primeiro assunto versou sobre as dificuldades que a empresa teve por conta das chuvas, impedindo a descarga do lixo coletado no aterro sanitário, obrigando a Sanepav a deixar de coletar no dia que era da recolha de lixo orgânico e avançar na coleta seletiva. Situação em que os dois tipos de lixos foram destinados para o mesmo lugar: o aterro. Deixando a Ascorsi sem material de trabalho naquele dia. Inconformados com esse tipo de atitude, os participantes questionaram a SANEPAV sobre a disponibilidade de um plano emergencial para cobrir situações imprevistas. Os representantes da empresa concordaram com a tese e se prontificaram a encontrar uma solução para que o problema não mais se repita.
Em seguida, foi a vez do novo sistema de coleta implantando a partir desse ano que tantas insatisfações e reclamações vem gerando no povo de Itapira, por conta dos horários incertos e até a falta de recolhimento. Segundo os representantes da empresa coletora de lixo nenhum dia ficou sem o serviço, salvo os provocados pelas chuvas. Eles entendem que os problemas da coleta estão relacionados com as mudanças implementadas recentemente, mas acreditam que dentro de dois meses, depois da rotina estabelecida, a população se ajustará ao sistema.
Sobre a Coleta Seletiva a empresa foi cobrada sobre a organização dos horários em alguns setores, principalmente o setor 5, centro e arredores. A Sanepav se prontificou a desenvolver um programa de educação ambiental com crianças em cinco escolas públicas. Foram alertados, rapidamente, pela presidente do Condema que a cidade já dispõe de trabalhos nessa área e que o importante seria somar a esse trabalho. Também, nesse assunto, houve entendimento e a empresa deverá desenvolver comunicação com a população, inclusive envolvendo jovens e adolescentes no trabalho de campo.
Finalmente, depois de várias discussões, sobressaiu um grande nó que vem travando o trabalho da coleta seletiva há tempos em nossa cidade. Durante a reunião, o secretário de Serviços Públicos esclareceu que a fiscalização da coleta seletiva não era da sua alçada, mas sim da Secretaria do Meio Ambiente. Ao ser informado que o contrato estabelecia que a fiscalização da coleta estava subordinada aos Serviços Públicos e que não havia distinção entre lixo orgânico e reciclado, o secretário desabafou: “nós não temos gente para cuidar da fiscalização da roçagem, lixo e mais um montão de coisas que nós temos para fazer na secretaria. Não temos gente para tudo isso...” E o responsável pela Sanepav informou que em nenhum momento teria recebido por parte da prefeitura, qualquer crítica ou orientação sobre a coleta seletiva. “Apenas sobre o lixo orgânico”, declarou.
Ficou, então, estabelecido que a Secretaria de Serviços Públicos e a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente se reunirão em breve para acertar a parte que cabe a cada um.
A reunião foi considerada produtiva pelos participantes, mas aguardarão os acertos entre os membros do poder público com cautela e acompanhamento.