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Itapira, 22 de Novembro de 2024
Notícia
13/07/2014 | Sem atrativos, praça central não terá vida

A Prefeitura abriu concurso para revitalização da praça Bernar­dino de Campos, o ponto central da cidade. E, embora o Termo de Referência do edital, em seu primeiro parágrafo, afirme que o local é um ponto de encontro da população itapirense, a realidade é bem outra.

Das duas uma: ou o redator do termo não conhece o local ou não passa pela praça há pelo menos 20 anos. Hoje, seu mo­vimento se resume ao período de funcionamento das agências bancárias. Depois disso, princi­palmente no período noturno, vira ponto de desocupados.

Na verdade, a principal praça da cidade vem perdendo vida nas últimas duas décadas. A partir do encerramento das atividades comerciais em seu entorno, o local perdeu os atrativos que eram oferecidos à população.

Com uma área que abrange aproximadamente 15 mil metros quadrados, a praça Bernardino de Campos carece de pontos comerciais à sua volta para voltar a ser frequentada. Antigamente rodeada de bares, restaurantes, sorveterias, cinemas e clubes, hoje quem olha ao seu redor enxerga outro panorama.

Em sua volta se encontram agências das principais casas bancárias do país, agência dos Correios, SENAC e órgãos da Prefeitura. Mas, para que seja frequentada pela população que busca entretenimento, necessita da presença de pontos comerciais como os de antigamente.

Essa é a opinião da grande maioria das pessoas que fre­quentaram o local, mas que hoje não encontram motivos para permanecer na praça a não ser em dois períodos sazonais: a Festa da Nonna, em agosto, quando o local é ocupado por uma praça de alimentação e oferece atrativos culturais, e durante a Festa de Nossa Senhora da Penha, em setembro. De resto, a praça fica às moscas, sem frequentadores e sem vida.

Para o aposentado José Ro­berto Destro a praça só voltará a ser frequentada quando tiver ao seu redor pontos comerciais capazes de atrair famílias. “Hoje a gente não tem motivos para frequentar a praça com antes”, frisa. “Não tem um restaurante, uma sorveteria, não tem a Banda Lira e nem a fonte luminosa”.

Destro entende que as pes­soas deixaram de frequentar a praça justamente por causa da falta de um bom atrativo. “Tira­ram a fonte e fizeram um coreto, mas quem vai vir na praça pra ver uma apresentação e ir embora em seguida?”, pergunta. “As pessoas procuram locais onde haja entretenimento e também onde se sentar com a família para aproveitar o resto da noite”.

José Carlos Trinca, que du­rante uma década trabalhou em pontos comerciais no entorno da praça, concorda com Destro. “Trabalhei no Bar Central e na Lanchonete Jassambar, onde antes foi o Chopão e a praça tinha vida”, lembra. “Se não tiver vida em volta a praça também não terá”.

Urgência

 

Plínio Sérgio Venturini, enge­nheiro agrimensor e atual pre­sidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Itapira, entende que a praça precisa ser revitalizada com urgência. “O ponto principal é criar atrativos para as famílias”, frisa. “Hoje não existe nada que atraia as pessoas para a praça”.

Venturini só enxerga a praça revitalizada se ocorrer uma mu­dança geral no local. “É preciso mudar a arborização, iluminação, reativar o coreto, fortalecer o lado comercial na parte gastro­nômica e a segurança, só assim as pessoas voltarão a frequentar a praça”.

Em sua ótica de engenheiro Venturini acredita que mesmo sendo um espaço amplo, a praça principal da cidade é mal apro­veitada. “A revitalização precisa ocorrer com urgência para resgatar um dos pontos mais tradicionais da cidade”, afirma. “Hoje as famí­lias e os jovens não têm aonde ir e esses, principalmente, se reúnem em locais totalmente alheios por causa dessa carência”.

 

 Mudança no entorno gerou abandono

 

Um bar que virou depó­sito, um clube que passou a ser posto de recebimento de estacionamento rotativo, um cinema que deu lugar a uma farmácia, um restaurante que agora é agência dos Correios, uma choperia e sorveteria que foi substituída por um consultório médico, uma choperia que agora tem em seu lugar uma loja de depar­tamentos. Essa é a realidade do entorno da principal praça da cidade.

 

Essa mudança radical ocorrida nas últimas déca­das é fator preponderante para a Praça Bernardino de Campos ter, gradativamente, perdido sua condição de ponto de encontro das famí­lias. Sem uma revitalização e uma mudança radical de conceitos o local continuará sem frequência.

 

Para a professora Salete Turcatti, que reside nas pro­ximidades da praça principal, o ponto de partida seria o retorno da fonte luminosa. “Com a fonte as famílias tinham um motivo para frequentar a praça”, lembra. “Bares e res­taurantes sobreviviam graças a essa frequência”.

Salete acredita que o es­paço precisa também de mais cor, mais vegetação. “Flores coloridas dão mais vida e a praça precisa disso”, expli­ca. “Flores, fonte luminosa, o antigo coreto no mesmo lugar seria uma combinação perfeita para devolver a vida ao local”.

 

O professor de Educação Física Luís Francisco Soriani aposta na realização de eventos para as crianças para devolver o movimento de famílias no local. “Com eventos voltados para as crianças com certeza os pais voltariam a frequentar e isso devolveria a vida ao local”, revela. “Cresce­mos ali e a praça precisa de eventos culturais, de bandas, para resgatar seu movimento”.

Fonte: Da Redação do PCI

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