Trincheiras, fumaça, esconderijos, vegetação natural, uniforme camuflado, proteção e armamento pesado. O que parece a descrição de um típico cenário de guerra ilustra exatamente como é o ambiente realista do campo de paintball montado no bairro do Tanquinho.
Tudo começou com uma brincadeira entre amigos. Depois que o proprietário Valdir Topan Júnior teve contato com a brincadeira pela primeira vez ele decidiu que queria fazer isso mais vezes. Junto com alguns amigos, comprou armas e passavam horas na propriedade de seu pai – onde está instalada uma carvoaria – guerreando com balas de tinta.
A ideia foi tomando proporções cada vez maiores, até que ele resolveu transformar em negócio aquilo que era tido apenas como hobby. “Tivemos que investir apenas na estrutura operacional (armas, equipamentos de segurança e munição), pois como aqui funciona uma carvoaria os obstáculos já estavam à nossa disposição. Unimos o útil ao agradável”, explica Valdir que ainda afirmou que para manter um negócio como este não basta apenas ter um faturamento agradável, mas principalmente gostar daquilo que se faz.
Aberto há dois meses, o Campo do Fundo Paintbal tem atraído, em média, 80 pessoas por fim de semana, que se dividem em grupos para iniciar o combate. Cada equipe tem o tempo disponível de duas horas para se divertir em qualquer uma das modalidades de guerra: Bandeira 1 (uma bandeira fica no meio do campo e os times tem que ir buscá-la e levar para sua base), Bandeira 2 (uma bandeira em cada base. Adversários devem atravessar o campo inimigo, capturar sua bandeira e voltar para a base) e Mata-Mata (o time que conseguir derrotar primeiro todos os adversários vence a partida).
Toda a movimentação no campo é controlada por um juiz que dita as regras e previne quaisquer tipos de problemas. Antes de começar a brincadeira, são passadas instruções importantes sobre manuseio do equipamento e atitudes de segurança para evitar acidentes, como não tirar a máscara, travar a arma e não subir em locais que podem ocasionar quedas e lesões. Dentro do campo existe ainda uma tenda neutra, onde ficam duas ou três pessoas de apoio que limpam as viseiras dos capacetes, fazem recargas ou fazem a manutenção do equipamento.
Atualmente o local está equipado para receber de quatro a dez pessoas divididas em números iguais por time. A idade mínima para participar é de 16 anos, com presença de responsáveis e apresentação de documento, e o valor individual é de R$ 25, sujeito a aumento caso haja recargas. No pacote inicial o jogador conta com macacão, colete de proteção, máscara, óculos, uma pistola semi-automática, cilindro de gás e 100 bolas de tinta.
Uma segunda área está em fase de acabamento. Nela será possível receber pessoas de 12 anos ou mais que queiram fazer a simulação de guerra em um cenário com obstáculos rústicos como tambores, carcaças de veículos e paredes de pallets. Segundo Valdir Topan Júnior, a expectativa é que tudo esteja pronto entre o fim desse ano e início do próximo.
Ao término das atividades nos finais de semana, o tempo disponível é dedicado para a manutenção das armas. Valdir e seu irmão participaram de cursos e fazem eles mesmos os trabalhos de desmontagem e limpeza do equipamento. “Por dentro é muito sensível e qualquer sujeira danifica. Mesmo que esteja aparentemente tudo certo fazemos a revisão em cada uma delas”, reafirma.
Os interessados em praticar a guerra de tinta podem fazer o agendamentoatravésdotelefone (19) 99844-0690, através da página do Facebook https:// www.facebook.com/campodofundopaintball ou ainda pelo site http://campodofundo. wix.com/campodofundo. O Campo do Fundo Paintball fica localizado na Estrada Municipal Paulo Canivezzi, bairro Tanquinho. Placas com indicação estão espalhadas por todo o trajeto.
Quem possuir armas próprias podem levá-las, desde que não sejam automáticas. A calibragem de pressão fica por conta dos responsáveis do local.
Na entrada do local há ainda a comercialização de bebidas e lanches naturais para os visitantes e jogadores. Para melhor aproveitamento, é recomendado chegar com antecedência para receber as instruções e vestir o equipamento de segurança.