O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou ontem (7) que a Turquia vai propor mais uma iniciativa internacional para a Síria após o bloqueio de uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para conter a violência no país.

“Vamos propor uma iniciativa com países que apoiem o povo e não o regime sírio”, declarou no Parlamento. Ele acrescentou que seu governo “utilizará todas as vias diplomáticas para chamar a atenção da comunidade internacional” para a crise síria.

Erdogan condenou firmemente os vetos russo e chinês à resolução do Conselho de Segurança no sábado (4), destacando que o bloqueio “é uma autorização de matar nas mãos do tirano”, em uma referência ao presidente sírio Bashar Al Assad.

A Turquia rompeu com o antigo aliado devido à repressão violenta das manifestações de protesto contra o regime, que provocou mais de 6 mil mortes, segundo organizações de direitos humanos, desde meados de março de 2011.

A situação na Síria causa preocupação nos países ocidentais. A Itália e a França chamaram os embaixadores na Síria "para consultas". Segunda-feira (6), o governo americano fechou a sua embaixada na capital síria, Damasco, e a Grã-Bretanha convocou o seu embaixador no país.