O agravamento da crise na Síria e os temores sobre o programa nuclear do Irã devem dominar os debates hoje (9) em Copenhague, na Dinamarca, durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia – que reúne 27 países da região. No começo deste mês, os presidentes e primeiros-ministros decidiram aumentar a pressão sobre o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, para que ele busque o fim do impasse.
A reunião é chamada de Gymnich em referência a um castelo na Alemanha no qual houve a primeira cúpula de chanceleres. O encerramento será amanhã (10). Na reunião, os chanceleres deverão definir as novas sanções que serão impostas a Assad e a seus colaboradores.
A crise na Síria completou um ano este mês. A estimativa é que mais 8 mil pessoas tenham sido mortas em decorrência dos conflitos entre manifestantes e agentes de segurança. No começo deste ano, foram aprovadas medidas de restrição à Síria, como o congelamento dos bens do Banco Central sírio na Europa e a interdição do comércio de metais preciosos.
Em relação ao Irã, os europeus aguardam uma manifestação oficial sobre a retomada das negociações sobre o programa nuclear desenvolvido no país. Nesta semana, a chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, propôs, em nome do grupo 5+1 ( formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - os Estados Unidos, a China, Rússia, o Reino Unido e a França. A Alemanha não pertence ao conselho, mas integra o grupo), recomeçar o diálogo.
Também deverá ser discutida a condução, pela União Europeia, da política externa no que se refere às atividades do Serviço Europeu de Ação Externa (Seae), o corpo diplomático europeu criado pelo Tratado de Lisboa.
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