As Terapias Complementares e Integrativas são abordagens que visam a assistência à saúde do indivíduo, na prevenção, tratamento e cura, considerando-o como um ser integral, total, e não sob o enfoque de um conjunto de partes isoladas. Adota uma postura holística e naturalística diante da saúde e da doença. Holístico vem de holismo, palavra que se origina do grego holos , que significa todo e que propõe uma visão não fragmentada da realidade do ser, onde sensações, sentimentos, razão e intuição se equilibram e se reforçam.
As Terapias Complementares, como o próprio nome diz, podem ser aplicadas como complemento aos tratamentos convencionais, não têm a pretensão de substituí-los e sim contribuir para o restabelecimento da saúde do indivíduo.
Existem registros acerca do uso desses recursos desde os primórdios da História da Humanidade. A Bíblia faz menção ao uso de plantas e aromas para tratar doenças, portanto é algo que está se resgatando gradativamente, pois a adoção de modelos mecanicistas e com ênfase nas especialidades fez com que se perdesse de vista essa visão integral do ser humano.
Hoje, com a sistematização de várias técnicas que foram estudadas, pesquisadas e testadas temos dentro da comunidade científica a aceitação e indicação dessas práticas.
No Brasil, com o advento da Portaria 971 de 3 de maio de 2006 que instituiu a PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde) homologou-se a aplicação de várias técnicas dessas terapias. Algumas como modalidade de especialização médica como é o caso da Homeopatia que só pode ser aplicada por médico habilitado.
Em diversos países, como a China, Alemanha e outros estas técnicas estão inseridas dentro do sistema tradicional de tratamento de doenças e promoção da saúde integral do indivíduo.
São diversas técnicas Terapêuticas conhecidas e aplicadas por profissionais da saúde e Terapeutas habilitados, como por exemplo: Massagens relaxantes e terapêuticas, Aromaterapia, Acupuntura, Florais, Fitoterapia, Reflexologia, Cromoterapia, Reiki, Toque Terapêutico, dentre várias outras.
Este é um assunto amplo e profundo com o qual pretendemos tratar semanalmente, fornecendo dicas, artigos científicos de pesquisas e muito mais.
Farei uma breve explicação sobre algumas das técnicas que utilizamos.
Florais
Os florais constituem um tipo de terapia que utiliza a essência das flores para fins curativos. Foram estudados,inicialmente, pelo Dr. Edward Bach, médico inglês, a partir da extração artesanal de líquidos sutis de 38 flores silvestres,conhecidas hoje como os Florais de Bach. A terapia floral age no plano mais sutil da pessoa, e é indicada para equilibrar os diversos estados desarmônicos que tenham suas origens na mente e nos sentimentos dela. Essa terapia não pretende, de uma forma direta, atingir a cura, mas permear os níveis mais profundos da consciência do indivíduo a fim de que, através do autoconhecimento, ela (a cura) se estabeleça. (LARA, SILVA, 200 1; KAMINSKI, KATZ, 1998; HIRATA, 1993 -GERBER, 1997).
O que caracteriza essa terapia é a sua não agressividade e a ausência de transtornos secundários. Além disso, STERN (1998) refere que pesquisas científicas comprovam que o estado mental e emocional de uma pessoa exerce influências positivas ou negativas sobre diferentes doenças, desde uma simples gripe até estados patológicos mais graves.
Massagem
Segundo DOMENICO; WOOD (1998), a palavra massagem vem do grego e significa amassar; é um grupo de procedimentos, habitualmente realizados com as mãos (a fricção, o amassamento, o deslizamento, o rolamento e a percussão dos tecidos externos do corpo), e por meio de diversas técnicas que objetivam produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular, respiratório, linfático e sobre o estado geral. Proporciona o alívio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizando várias estruturas para o alívio da dor e a diminuição do edema, assim como previne deformidades e promove a independência funcional de uma pessoa que tem problema específico de saúde. O poder da massagem se deve, em grande parte, ao efeito positivo que produz em todo o corpo, melhorando a resistência geral às doenças, produzindo uma agradável sensação de bem estar (WORTH, 1997).
Aromaterapia
Para BROWN (1997); LAVERY (1997), a palavra aroma significa cheiro ou fragrância, e a terapia significa tratamento para o corpo e mente de uma pessoa, ajudando ou facilitando um processo de mudança e cura. Para isso, são utilizados óleos essenciais de flores, ervas, plantas, árvores ou especiarias, onde cada essência tem propriedades peculiares que atuam sobre o equilíbrio interior do corpo; os óleos essenciais entram no corpo por inalação e por absorção, através dos poros da pele, e atuam de três maneiras: farmacologicamente, fisiologicamente e psicologicamente. BROWN (1997) acredita que a aromaterapia é extremamente eficaz contra o estresse e problemas correlatos, nas disfunções musculares, emocionais, questões femininas como a menopausa, gravidez e menstruação, nas disfunções digestivas e problemas de pele. Os óleos essenciais podem ser usados na massagem, no banho, na inalação de vapor, na vaporização, compressa, creme, loção,
xampu, gargarejos ou nos bochechos. A aromaterapia pode ser associada à massagem onde temos a massagem aromaterapêutica que, segundo SON (2000), é a combinação do poder revigorante do toque (massagem) com as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais, que ajudam a acalmar, relaxar e refrescar a mente e o corpo.
Para a escolha do óleo, é necessário investigar a saúde do paciente e o que ele espera receber da massagem, uma vez que cada mistura de óleo é individual. Massagear o corpo inteiro com óleos aromáticos alivia a tensão muscular, aumenta a energia e traz bem estar.
O Reiki
Segundo ZIEGLER (1997), o Reiki é um sistema de cura natural criado pelo Dr. Mikao Usui. A palavra é composta por Rei, que significa energia universal , e Ki, que exprime a energia da força vital que produz a nossa essência; isso significa colocar em sintonia a energia da pessoa com a energia universal. Ele trata o corpo, minuciosamente, utilizando as mãos que, durante o processo, podem perceber e descobrir a mínima congestão interna, seja física ou mental, aguda ou crônica; é uma terapia sem remédios, completamente não invasiva que age reequilibrando o corpo. Aproxima o indivíduo do seu corpo, da sua mente e da sua consciência. Para a autora, ele atua como um sistema preventivo, uma vez que estimula o sistema imunológico do organismo, estabiliza o sistema nervoso central e periférico, renova a flora intestinal e em um período relativamente breve, renova a pele e os cabelos, e promove a desintoxicação nos níveis físico e psíquico, ocasionando bem estar e relaxamento. Atualmente, hospitais de referência utilizam-se dessa técnica para melhorar a condição do paciente e potencializar os efeitos dos tratamentos convencionais.
O Toque Terapêutico
A prática do toque terapêutico baseia se em suposições nas quais, todas as ciências concordam:
-que sob o aspecto físico, um ser humano é um sistema de energia aberto (a transferência de energia entre pessoas ocorre naturalmente e de forma contínua);
-que sob o aspecto anatômico, ele é bilateralmente simétrico (base racional para se concluir que existe um padrão no campo de energia humana subjacente, fundamental na avaliação do estado de energia do paciente);
-que a doença é um desequilíbrio do campo de energia do indivíduo (o terapeuta dirige e modula esse campo de
energia, usando o sentido do tato como telereceptor);
-que os seres humanos têm habilidades naturais para transformar e transcender suas condições de vida (são pré
requisitos para que ocorra a cura). Nessa modalidade, o terapeuta age como um sistema de apoio humano, em que seu próprio campo de energia sadio fornece o andaime para orientar a repadronização no fluxo de energia enfraquecido e desintegrado do paciente, estimulando, assim, o seu sistema imunológico. O toque terapêutico provoca relaxamento, redução da dor, acelera o processo de cura e o alívio de doenças psicossomáticas. (KRIEGER, 1993).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACH, E. Cura te a ti mesmo: uma explicação sobre a causa real e a cura das doenças. In: Os remédios florais do Dr. Bach. 16 ed, São Paulo: Pensamento, 1997, p, 09 67.
BARBOSA, M. A, EGRY, E. Y, QUEIROZ, V. M. Reflexões sobre a mudança de paradigmas e a adoção das terapias alternativas no Brasil no século XX. Texto Contexto Enferm, v. 2, n. 2, p, 33-44, jul./dez, 1993.
BRASIL, Conselho Federal de Enfermagem, Resolução
Por Kelly Cristina A P Scarpioni de Godoy, terapeuta Floral formada pela Escola de Alquimia Floral de São Paulo;
Massagem pelo Senac e Pós-Graduanda em Terapias Complementares em Saúde pela FAVI (Faculdades Vicentinas de Curitiba)
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