As pessoas que se deram ao trabalho de adiantar em 21 de outubro do ano passado seus relógios em uma hora quando começou oficialmente nas regiões sul, sudeste e no Estado de Tocantins a 42ª edição do Horário Brasileiro de Verão, deverão realizar o procedimento inverso à meia noite deste sábado, quando termina o período.
Segundo o gerente de operações da CPFL Energia, Rodrigo Bianchi, o Horário de Verão foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1931, foi reeditado por mais dois anos, ficando sem utilização até o ano de 1949. A partir daí, mais quatro edições foram lançadas. Na década de 60, vigorou por cinco anos subsequentes – de 1963 a 1968. “A sociedade brasileira passou a conviver rotineiramente com o horário especial a partir de 1985. Estamos encerrando a 42a edição da medida, que durou exatos 119 dias.”, informou..
A quantidade economizada nos 119 dias da medida é suficiente para abastecer uma cidade do porte de Belo Horizonte (MG), com quase 2,4 milhões de habitantes, por dez dias.
Bianchi defende a medida , argumentando que “a adoção do horário especial durante o verão atende à necessidade conjuntural de oferta de energia elétrica no período do dia em que há maior demanda, e também à expectativa da população que já se conscientizou que é uma boa oportunidade para investir na melhoria da qualidade de vida”, colocou .Ainda segundo ele , com os dias mais longos, a luz natural pode ser mais bem aproveitada para atividades físicas ao ar livre.
Ele explicou que o Horário de Verão tem como objetivo principal a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta. “Isso é possível pelo fato da parcela de carga referente à iluminação, normalmente acionada por volta das 18h, ser utilizada mais tarde, motivada pelo adiantamento do horário brasileiro em 1 hora. Também há um deslocamento nos horários em que o consumidor faz uso da energia elétrica, pela mudança de hábitos na população”, ilustrou.
Lembrou também que muitas pessoas, ao terminar a jornada de trabalho ainda com a luz do dia, optam por realizar atividades ao ar livre e evitam que os eletrodomésticos ou as luzes sejam ligados no início do horário de pico em suas residências. “Utilizando a energia nas residências um pouco mais tarde, após as 18h, a coincidência de horário entre o aumento do consumo nas residências e a demanda do consumo nas indústrias e no comércio é evitada”.
Consumo
O que ocorre nesse período de calor e férias é um aumento do consumo de energia elétrica acima da média, se comparada com o restante do ano, nos horários de pico. A quantidade de energia demandada, então, fica próxima à oferta do sistema nesses horários. “O Horário de Verão é uma das tentativas de atuar preventivamente na redução dessa curva”, avaliou.
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