Um trecho do bairro Santa Cruz, onde existe entroncamento de pelo menos seis ruas - Saldanha Marinho, Saudade, Siqueira Campos, Washignton Luiz, General Carneiroe contorno da Praça Mogi Mirim - tem se tornado motivo de preocupação para moradores e comerciantes. Não bastasse o gargalo formado pelo grande número de veículos que circulam pelo local, sobretudo no horário de almoço e no final da tarde, uma outra preocupação mais séria tem tirado o sono de muita gente.
A funcionária administrativa da Vazoli Financiamentos, Diane da Silva Rodrigues, disse que é comum carros e motos descendo a Rua da Saudade na contramão. “Desde que o trecho do quarteirão de cima ganhou mão dupla, tem motorista que imagina que a parte de baixo da rua também possui a mesma orientação, o que não ocorre de fato. Isso qualquer hora vai causar algum acidente mais grave”, advertiu. Além disso ela se queixa que veículos pesados fazem uma espécie de contorcionismo para sair da Saldanha Marinho e seguir em direção à Praça Mogi Mirim. “Tenho medo que a qualquer hora um caminhão entre no do escritório”, exagera.
Uma comerciante que trabalha bem naquele entroncamento e que pediu anonimato reforçou as preocupações de Diane. “Talvez fosse necessário um semáforo neste trecho. Principalmente no horário de almoço e à tardezinha o movimento cresce muito e a gente observa uma certa impaciência de motoristas que via de regra não costumam respeitar a faixa de segurança e avançam em cima de pedestres”, alertou. Ela confirmou também a ocorrência de casos de veículos descendo a rua da Saudade. “Já vi até discussão por causa disso”.
A comerciante Rosângela Gardinalli, com quase meio século estabelecida naquele trecho se diz saudosa dos tempos de tranquilidade. “Meu maior temor é com relação às crianças. Já vi muitos carros descendo na contramão e com velocidade incompatível com o local”, registrou. Segundo ela, existe hoje um sentimento de intranquilidade por causa deste problema. “A verdade é que tem muito carro circulando e isso precisa ser melhor observado por nossas autoridades”, sugere.
O outro lado
Clayton Ribeiro, diretor do Departamento de Trânsito, disse que concorda com a avaliação dos moradores. “É um trecho onde de fato existe um entroncamento e precisamos encontrar uma solução que privilegie a segurança de moradores e pedestres”, admitiu.
Sobre o caso dos motoristas que descem a Rua da Saudade na contramão, Ribeiro disse que não dá para imaginar alguma desculpa para este comportamento. “Existe uma placa enorme alertando os motoristas que a partir de determinado trecho a rua passa a ter mão única de direção. Portanto, é um caso onde os motoristas demonstram desatenção e como ocorre em casos como este, estão sujeitos aos rigores da Lei de Trânsito”, ponderou