Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, disse hoje (8), durante debate sobre a seca no Nordeste brasileiro no plenário da Câmara dos Deputado, que a transposição do Rio São Francisco é “apenas o começo” da solução da seca na região do Semiárido nordestino. A obra, retomada durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deveria ter sido concluída em 2012, mas ainda está em andamento.
O ministro minimizou o atraso nas obras da transposição e apontou uma série de medidas que vem sendo tomadas para amenizar os efeitos da seca. De acordo com ele, os investimentos na transposição representam R$ 8 bilhões de um total de R$ 30 bilhões que estão sendo aplicados pelo governo na região do Semiárido nos últimos anos com recursos das duas etapas do Programas de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Todo esse conjunto de obras está sendo materializado. Não estou falando de projetos, eu estou falando de obras licitadas, iniciadas, que estão em curso e que vão possibilitar, portanto, na primeira vez da história do Semiárido nordestino, construirmos uma infraestrutura hídrica que permita ao Nordeste brasileiro alcançar a segurança hídrica tão sonhada”, disse Bezerra.
“Gosto de chamar atenção para um dado: desses R$ 30 bilhões que estamos investindo, a transposição é apenas R$ 8,2 bilhões. Portanto, a segurança hídrica do Nordeste brasileiro não se esgota com a transposição. A transposição é apenas o começo para aproximar as águas do São Francisco das áreas mais secas e mais necessitadas. A transposição vai ser a mãe de outras obras”, discursou o ministro.
De acordo com Fernando Bezerra, durante a gestão do ex-presidente Lula, foram investidos R$ 6,5 bilhões na região do Semiárido, sendo que R$ 2 bilhões foram para iniciar o projeto de transposição do São Francisco. No governo Dilma Rousseff, pontou o ministro, estão sendo alocados cerca de R$ 18 bilhões até 2014. “Ainda há a expectativa de investimentos de mais R$ 2 bilhões durante o ano de 2015, porque são obras que não vão se concluir até 2014”, acrescentou.
Para o ministro, a solução dos problemas da seca no Nordeste passa por uma reflexão do que foi feito e do que foi prometido e não chegou a ser concretizado. “Nos cabe fazer uma reflexão sobre o que foi feito ao longo da história, as providências e as iniciativas que foram tomadas, os programas que foram executados ou aquilo que não foi feito, aquilo que foi prometido, aquilo que se perdeu daqui desta tribuna apenas em palavras que não se traduziram em ações”, disse.
Edição: Fábio Massalli
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