Henrique, César e Carlos Alberto Lupinacci: três gerações e o amor pela música
Três gerações da família Lupinacci estão ligadas não apenas pelos laços sanguíneos, mas através da arte e, principalmente, da música. Carlos Alberto Lupinacci, 67, o precursor; César Ricardo Lupinacci, 38, e Henrique Augusto Lupinacci, 21, têm no sangue também o dom e o gosto pelas notas musicais.
Essa relação que vem de pai para filho começou nos anos 60, quando Carlos Alberto Lupinacci, o X-9, ainda cursava o Ginasial no IEEESO (Instituto de Educação Estadual Elvira Santos Oliveira). Lá, pelas mãos da professora de Música, Ivete Gomes Pereira Sampaio, tomou gosto pela música e pelo canto. “Foi com ela que iniciei essa relação que mantenho até hoje com a música”, lembra. “Também recebi grande influência do professor Mário de Tulio, que nos passava noções na área instrumental”.
Segundo ele, que hoje dirige o Coral Madrigal Voxx, a música na forma que é utilizada nos dias atuais é de grande importância para a formação das gerações. “No meu tempo fazíamos música por fazer, hoje a música é utilizada na formação da criança”, frisa.
Seu filho, o maestro César Ricardo Lupinacci, fundador e uma das cabeças pensantes da Casa das Artes, segue os passos do pai e tem consigo a música desde criança. “Sempre acompanhei meu pai e aos 10 anos já cantava com ele no Coral Cidade de Itapira”, revela. “Depois recebi influência de grandes nomes da música como o maestro Carlos Lima e o trombonista da Orquestra Sinfônica de Campinas, João Leite”. César, além de coordenar as ações da Casa das Artes, toca trombone de vara e rege as bandas da casa.
Na trilha de gerações dos Lupinacci, Henrique Augusto, o terceiro da lista, segue os passos do avô e do pai. Aos 21 anos é violinista e atualmente cursa a Faculdade de Instrumentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Cresci no meio musical, estava sempre nos ensaios das bandas que meu avô e meu pai participavam e minha influência vem dessa convivência”, revela.
De olhos no horizonte, Henrique sabe o que quer para o futuro. “Pretendo seguir na música, como músico e como instrutor, funções que já exerço”, frisa.
Entrelaçados pelo sangue e pela música, os três representantes da família Lupinacci, vez por outra, se juntam para uma boa canja musical. “Sempre fazemos isso”, diz X-9. “Vivemos a música diariamente, ela faz parte de nossas vidas e de nosso cotidiano”, emenda César.