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Itapira, 27 de Janeiro de 2025
Notícia
03/12/2011 | Turismo: La dotta, la grassa e la rossa.

A cidade é como o aro de uma bicilceta. No início é confuso e parece que está sempre perdido, mas logo aprende como todas as vias rodeiam o centro e já pode dispensar o mapa. Esta cidade também é pouco turística, tem muito estudante, pois lá está a Universidade mais antiga da Europa e carrega no nome a associação imediata de uma boa comida. Estou falando de Bologna, na Itália.

 

Há três características muito fortes que definem Bologna:  1.La dotta, que significa a sábia, por ter a Universadade mais antiga da Europa.  2.La grassa, que significa gorda, por ter uma culinária rica (massa com molho bolognesa, mortadela, etc) e finalmente, 3. La rossa, que significa vermelha. Esta última, originalmente veio como uma norma da cidade que proibia qualquer alteração de cor das cortinas das janelas. Todas tinham que ser vermelhas, para combinar com as fachadas que já puxavam para o vermelho. Essa regra é válida até hoje. Mais tarde, a denominação la rossa, também foi usada para qualificá-la como uma cidade de esquerda.

 

Eu arrisco dizer uma quarta característica: cidade dos arcos, afinal são 40km, mais de 666 arcos até o ponto mais alto, que é uma basílica – Santuario della Madonna di San Luca. Haja fôlego para subir tudo isso. A boa notícia é que é possível ir de ônibus até metade do caminho, descer na entrada Meloncello e você já economizou uns 333 arcos.

Bologna é intensa, plena de jovens estudantes, de bares, pubs, de bicicletas e muita, muita lambreta  zanzando para lá e para cá.

Começamos o passeio no coração da cidade - Piazza Maggiore. Do meio avistamos a Fontana de Netuno, ponto de encontro clássico de estudantes, Basilica de San Petronio e Palazzo D’Accursio, onde fica a prefeitura e também o museu Morandi (Georgio Morandi foi o pintor contemporâneo mais famoso da cidade). Pausa para um maravilhoso gelato (sorvete) do Grom. Pertinho da Piazza Magiore (Via D’Azeglio, 13).

 

 

Não muito longe, é possível avistar Le due Torri (as duas torres) e inclusive subir na mais alta – Torre degli  Asinelli, e ter uma vista magnífica da cidade com os telhados em terracota/vermelho. A outra torre é torta, quase como a de Pizza, então não dá para arriscar uma subida. Ainda bem perto, há o Palazzo della Mercanzia (Câmera de comércio) que hoje mais parece um ponto de encontro de lambretas, mas que teve boa parte destruída durante um bombardeio da Segunda Guerra. Tem ainda a Basílica de Santo Stefano, que é complexo de 4 igrejas e muito interessante de se visitar.
O que não dá para deixar de fazer, é descobrir o quadrilátero mais gastronômico de Bologna. Tem de tudo um pouco, peixaria, empório de frutas, de flores, de vinhos, queijos, embutidos e por aí vai. Algumas dicas: Atti Panificio (Via Drapperie, 6) é uma padaria super antiga, de 1880. Simoni (Via Drapperie, 5) é uma salumeria. Hoje liderada pelo jovem Davide, que como todo bom Italiano, adora contar como preparam a melhor mortadela, e como tudo foi sendo ensinado de geração em geração.
 


 

Por último, visite o moderno Eataly (Via degli Orefici, 19), que é uma deliciosa mistura de mercado de massas, queijos, vinhos, pães, acessórios para cozinhas, livros, café e restaurante, tudo num único lugar e tudo de primeira.  Fora da Itália vai encontrar Eataly só no Japão e Estados Unidos.
 Agora aconselho subir sob os 666 arcos até o Santuario della Madonna di San Luca, que citei no início, para gastar as calorias adquiridas durante a visita à cidade.
Dica da Nat: Caminhe pela Via Zamboni, que é a região universitária, escolha um bar e curta um típico aperitivo Italiano. Se um copo de chopp custa EUR 5.00, por EUR 6.00 você ganha um pratinho descartável e tem acesso a uma variada mesa com massas, pães, batatas, etc, e pode repetir quantas vezes quiser.  De estudantes a engravatados, todos aproveitam o tradicional aperitivo.

Bom, aqui me despeço. Espero que tenham gostado de ler os artigos, assim como gostei de escrevê-los. Espero ter conseguido passar um pouco de curiosidade em visitar os destinos descritos e que tenham captado minha paixão por viagem e gastronomia. Até a próxima! Até 2012.
 

 

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