Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) – bloco que reúne 27 países – aprovaram hoje (23) mais sanções a 22 integrantes do governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad. São militares e dirigentes de empresas e entidades governamentais. A decisão foi gerada pelo agravamento da crise política e social no país provocada por conflitos entre manifestantes e agentes do governo.
"A decisão de hoje vai pressionar [ainda mais] os responsáveis pela violência e repressão inaceitáveis na Síria A mensagem da União Europeia é clara: o ataque deve ser interrompido imediatamente", disse a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
A União Europeia determinou o bloqueio dos fundos de 27 das 28 empresas ligadas ao governo. Pelo menos 22 pessoas ligadas ao governo Assad estão proibidas de ingressar em países que integram o bloco. As sanções entrarão em vigor assim que forem publicadas no Diário Oficial da União Europeia.
Em dezembro, a União Europeia proibiu empréstimos para o governo sírio exceto para negociações com fins humanitários. Na ocasião, também impediu a instalação de agências bancárias sírias em território europeu. A UE também impôs o embargo de armas e uma proibição em relação ao petróleo importado da Síria. Há, ainda, restrições sobre os setores bancário, financeiro e comercial.
No total, as medidas atingem 108 pessoas - incluindo o presidente sírio e seu irmão Maher - e 38 empresas. Por meio de comunicado, o governo Assad informou hoje que há um "complô conspiratório".
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur // Edição: Lílian Beraldo