Ficar em quarto lugar em uma Copa do Mundo é um grande feito. Em qualquer país, menos no Brasil. Por aqui, ser segundo ou último significa praticamente a mesma coisa.
As derrotas para Alemanha e Holanda nos jogos decisivos do Mundial, principalmente a goleada vexatória diante dos atuais campeões, podem ter provocado não apenas a indignação do povo, mas a constatação de algo deve e precisa mudar no futebol brasileiro. Mudanças de conceito, mudanças na parte organizacional e, principalmente, de comando.
Para o ex-zagueiro Joel, que passou por vários clubes e encerrou a carreira na Esportiva Itapirense, a Copa deve servir para que o futebol brasileiro seja mais humilde. “A Copa mostrou que temos que ser humildes e ver o que a Alemanha vem fazendo não só na seleção principal , mas nas categorias de base”, frisa.
Para o jornalista Mateus Iamarino a competição realizada no Brasil deixa como lição a necessidade de mudança de conceitos. “Na minha opinião acredito que a Copa tenha deixado como lição para o futebol brasileiro é que precisamos nos atualizar e rever muitos conceitos”, diz. “Nossos jogadores não tiveram, pelo menos nessa Copa, o nível de preparação das grandes seleções européias, nossa comissão técnica se mostrou desatualizada em relação a outras. Por exemplo, a Alemanha, fez uso de muita tecnologia durante o Mundial para que seu treinador tivesse sempre em mãos, através de aplicativos, o perfil completo de seus jogadores. Frescura? Acho que não, pois foram os campeões”.
Iamarino entende que diversos meios podem e devem ser utilizados para que as condições sejam as melhore possíveis, principalmente em uma competição do porte de uma Copa. “Treinamentos alternativos, como prática de yoga, pouquíssimos dias completos de folga, a família sempre junto, enfim, um ambiente de trabalho muito bom e produtivo, assim a Alemanha se preparou”, explica.
Mudanças estão sendo anunciadas pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para tentar amenizar o vexame ou, na pior das hipóteses, mostrar que aprendeu a lição. Mas, para o ex-zagueiro da Vermelhinha, entretanto, as mudanças anunciadas não convencem. “Já começaram errado em colocar o Gilmar Rinaldi como coordenador de seleções”, explica. “Ele é um empresário e não um coordenador e tudo vai continuar na mesma, se não piorar”.
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