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Itapira, 22 de Dezembro de 2024
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16/10/2013 | Yin-Yang e os Cinco Elementos

Acupuntura é uma das maneiras que a Medicina Chinesa usa para equilibrar e harmonizar Yin-Yang no nosso corpo, equilibrar as funções físicas, mentais e emocionais.

Tudo o que se quer entender carece de um mínimo de arrumação. Os chineses de antigamente, muito apaixonados pela observação e classificação dos fenômenos da natureza, arrumaram o mundo primeiro em yin e yang, a quietude e o movimento, o sombrio e o luminoso, o vazio e o cheio, a água e o fogo. Essa forma de pensar se torna simples e vigorosa quando nos acostumamos com ela - ou melhor, quando percebemos que yin e yang não são forças opostas e distintas, mas qualidades inseparáveis de um mesmo processo. Você joga a bola para cima e enquanto há impulso ela sobe, e isto é yang; acabado o impulso ela para de subir e cai, e isto é yin. Yang: movimento. Yin: quietude. Nada é yin ou yang o tempo todo. Quando um atinge sua expressão máxima, se transforma no outro. Como uma onda no mar, que começa devagarinho, vai crescendo, mostra sua força, atinge seu máximo - e quebra, deixando despencar aquele monte de água e espuma. Como o sol que vai subindo no céu até ficar a pino, e então começa a descer. Yin e yang refletem as mutações contínuas do próprio universo e nos dão a chave para compreender uma realidade sempre relativa, cheia de novidades e surpresas, e entretanto constante em seus ciclos temporais.

Yin e yang, em sua infinita flexibilidade, eram o modo oficial do pensamento. Aos poucos e com muita observação e atenção foi aparecendo, e finalmente se escancarou há cerca de três mil anos, sempre compatível com yin e yang os cinco elementos, melhor compreendidos quando usada a palavra “movimento” ao invés de “elemento” ou ainda cinco setores que abrangem simplesmente tudo.

Por que cinco e não quatro ou seis? Porque esses novos pensadores prestaram muita atenção a certos detalhes. Por exemplo: os pontos cardeais, que sempre se diz que são quatro, para eles são cinco - norte, sul, leste, oeste e centro. Pois que seria das direções se não houvesse um centro como ponto de partida? Outro detalhe: as estações do ano. Onde todo mundo viu quatro eles viram mais uma, o final do verão, que tem características de todas as estações e se faz notar também, embora menos intensa, no final da primavera, do outono e do inverno.

No funcionamento do corpo humano perceberam cinco órgãos fundamentais, cada qual constituindo, com seu meridiano, um centro sutil de energia: fígado, coração, baço, pulmões e rins. Viram que esses órgãos atuam em parceria com cinco outros: vesícula biliar, intestino delgado, estômago, intestino grosso e bexiga. Notaram que cada um dos cinco elementos é mais sensível a um tipo de clima: vento, calor, umidade, secura ou frio. Mais ativo num período do dia: manhã, meio-dia, tarde, anoitecer ou noite. Favorece diferentes atitudes: planejamento, comunicação, reflexão, ordenação, vontade. E traz consigo um sabor - ácido, amargo, doce, picante ou salgado - que vai influir decisivamente na nossa vida, já que sua presença reforça, sua ausência enfraquece e seu excesso desequilibra a energia daquele elemento dentro de nós.

Os elementos são: Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal. Água é para a energia que é fria, fluida, pesada, yin. Madeira para a energia morna que brota, sobe, ocupa e determina espaços - o começo do movimento, yang. Fogo para a energia quente, leve, luminosa e exuberante que se espalha com facilidade: yang. Terra para a energia neutra, estabilizadora, receptiva. Metal para a energia fresca e seca que desce, concentra, contrai - o começo do yin.

Os chineses expressam estes momentos da seguinte forma:

O leste cria o vento. O vento cria a madeira. A madeira cria o sabor ácido. O sabor ácido nutre o fígado; o fígado nutre os músculos; os músculos fortalecem o coração; e o fígado governa os olhos. Os olhos vêem a escuridão e o mistério do Céu e descobrem Tao, o caminho.

Do sul vem extremo calor. Calor produz fogo e fogo produz o sabor amargo. O sabor amargo nutre o coração, o coração nutre o sangue e o sangue dá vida ao estômago. O coração reina sobre a língua.

Do centro vem a umidade que cria a terra e a terra cria o sabor doce. O sabor doce nutre o baço, que nutre os músculos que fortalecem o pulmão. E o baço governa a boca.

O oeste engendra a secura que produz o metal. O metal cria o sabor picante e o sabor picante nutre o pulmão. O pulmão nutre a epiderme que fortalece os rins, e governa o Nariz.

O norte cria o frio; o frio produz a água; a água gera o sabor salgado; o sabor salgado nutre os rins; os rins nutrem os ossos e as medulas, que fortalecem o fígado; e os rins governam as orelhas.

Você reparou que um setor/elemento nutre e fortalece o outro? Mais que isso: um setor integra o outro, tem consequências no outro, sofre as consequências de outro, exatamente como tudo o que existe no universo. Como nós tendemos a ver as panes isoladas, fragmentadas, às vezes é muito difícil compreender a dinâmica das interações nessa história. Não se afobe. O inconsciente também trabalha. Trocando tudo em frases curtas, o jogo simbólico fica assim:

Madeira queima, produzindo Fogo, de cujas cinzas se forma a Terra, e dentro dela se condensa o Metal que expulsa de si a Água, da qual brota Madeira. Ou seja: Madeira nutre Fogo, que gera Terra, que engendra Metal, que gera Água, que nutre Madeira, ou seja ainda: uma ponta dá energia para a outra, permite que a outra aconteça. Este é o ciclo de geração de energia.

Mas a Água apaga o Fogo, que funde o Metal, e Metal corta a Madeira, que esgota a Terra, e Terra absorve a Água, não é? Pois então, herói, este é o ciclo de controle da energia. Significa que Madeira controla Terra, Terra controla Água, Água controla fogo, Fogo controla Metal, Metal controla Madeira. De qualquer modo, têm sempre uma relação dinâmica entre si que não deixa nenhum de fora. Quando um elemento predomina, por exemplo em determinados horários ou estações do ano, é chamado imperador: o mais ativo. O que é nutrido por ele se chama ministro: está perto, desperto. O que gerou é a mãe: repousa, esgotada. O controlado por ele é inimigo vencido: não ousa. O que controla seu poder é conselheiro: modera.

É por ai que o Chines entende o mundo que habitamos, eles fizeram essas analogias com tudo que existe no mundo. Tudo está relacionado, tudo ressoa e tudo se manifesta de maneira especifica.

A energia ressoante com o Elemento Madeira se manifesta como a estação Primavera, no clima se manifesta como vento e na emoção como raiva. A Humanidade fica entre o céu e a terra e os cinco elementos estão presentes em todas as manifestações.

Fonte: Manual do Herói - Sonia Hirsch

Taís Bueno Vidotto – Acupunturista

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Fonte: Taís Bueno Vidotto

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